PANDEMIA

Bolsonaro contesta uso de máscara na pandemia: "último tabu a cair"

Presidente sugere que equipamento de proteção não é uma forma eficaz de prevenção à covid-19

Augusto Fernandes
postado em 26/11/2020 21:48 / atualizado em 26/11/2020 22:15
 (crédito: Evaristo Sá/AFP)
(crédito: Evaristo Sá/AFP)

Enquanto o Brasil se aproxima de uma segunda onda de contaminações e mortes pela covid-19, o presidente Jair Bolsonaro contestou a utilidade das máscaras faciais, uma das principais formas de proteção contra a doença. Nesta quinta-feira (26/11), ele sugeriu que o equipamento não é tão eficaz como método de prevenção ao novo coronavírus e que será "o último tabu a cair" em relação à pandemia.

"A questão da máscara, não vou falar muito porque ainda vai ter um estudo sério falando da efetividade da máscara, se ela protege 100%, 80%, 90%, 10%, 4% ou 1%. Vai chegar esse estudo. Acho que falta apenas o último tabu a cair", afirmou Bolsonaro, durante transmissão ao vivo nas suas redes sociais nesta noite.

Desde que contraiu e se curou da covid-19, em julho, Bolsonaro abriu mão de utilizar máscaras, contrariando as recomendações da comunidade científica sobre a importância do equipamento. O presidente, inclusive, tem viajado a diferentes regiões do Brasil e desrespeitado uma série de leis municipais e estaduais que estabelecem o uso obrigatório de máscaras em locais públicos e preveem multa para quem não respeitar a norma.

O mandatário ainda tem transgredido uma lei que ele próprio sancionou sobre a obrigatoriedade das máscaras. A Lei 14.019/2020 diz que é obrigatório usar máscaras para circulação em espaços públicos e privados acessíveis ao público, em vias públicas e em transportes públicos.

O texto ainda diz que "é obrigatório manter boca e nariz cobertos por máscara de proteção individual em veículos de transporte remunerado privado individual de passageiros por aplicativo ou por meio de táxis; ônibus, aeronaves ou embarcações de uso coletivo fretados; estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas". 

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