O presidente Jair Bolsonaro participou nesta quarta-feira (16/12) de reunião com os sócios do Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. No discurso feito por videoconferência, adotou um tom amistoso e de conciliação, ressaltando que as discordâncias devem ser deixadas de lado por pertencerem ao passado. E falou, ainda, sobre a importância da união para o bloco.
“Ressalto que as diferenças entre nossos governos na condução da agenda econômica e comercial não levaram a impasses que poderiam colocar em risco o andamento de nossa agenda comum. A busca pelo consenso no Mercosul não significou inércia ou estagnação. Atuamos com flexibilidade e pragmatismo, para que nossos pontos de convergência prevalecessem sobre nossas diferenças. Isso é o que vamos continuar a fazer em 2021. Neste mundo em constante mudança, a capacidade de adaptação de nosso bloco é fundamental para mantermos nossa relevância”, destacou.
O chefe do Executivo se dirigiu ao presidente da Argentina, Alberto Fernández, desejando êxito em sua condução na presidência rotativa do Mercosul. Em lados opostos politicamente, ainda no final de novembro, eles dialogaram por videochamada pela primeira vez desde a posse do líder argentino.
“Faço votos de êxito ao presidente Alberto Fernández, uma vez que a Argentina assumirá a presidência do bloco. Contem com a nossa disposição para mantermos o alto nível do diálogo regional e com o nosso firme empenho para tornar o Mercosul um instrumento cada vez mais relevante para a prosperidade de nossos países e o bem-estar de nossas populações”, apontou.
Entraves comerciais
No âmbito comercial, Bolsonaro se disse preocupado com o ressurgimento de entraves pontuais entre os Estados partes. Porém, não entrou em detalhes, completando que o trabalho conjunto do bloco levará os países do Mercosul para a "fileira da frente" e não para o "pelotão de trás" do desenvolvimento.
"Devemos deixar de lado essas discordâncias, que pertencem a um passado já superado. Precisamos trabalhar juntos para não sermos ultrapassados por outros mecanismos que almejam objetivos similares aos nossos. Queremos estar nas fileiras, e não no pelotão de trás do desenvolvimento", concluiu.
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