Pandemia

Bolsonaro diz que fez "todo o possível" para ajudar AM e reclama de críticas

"Tudo sou eu": presidente diz que governador do Amazonas e prefeitos da unidade da Federação deveriam ser os primeiros a tomar providências

Augusto Fernandes
postado em 21/01/2021 13:39
 (crédito: Evaristo Sá/AFP)
(crédito: Evaristo Sá/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que o governo federal fez o que era possível para socorrer o estado do Amazonas, que desde a semana passada vive uma grave crise na rede de saúde por conta do novo coronavírus em meio ao desabastecimento do estoque de oxigênio medicinal nas cidades da unidade da Federação.

Na noite de quarta-feira (20/1), ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, ele afirmou que "fizemos todo o possível". "Eu tenho o governo federal, estaduais e municipais. É compartilhado. Nós, aqui, fazemos tudo o que é possível. Quando é solicitado, nós atendemos. Há uma diferença enorme do que aconteceu no passado e hoje em dia", destacou.

Além disso, o mandatário reclamou das críticas que vem sofrendo de que seria ele o responsável pela situação do estado, e ponderou que o governador Wilson Lima (PSC) e os prefeitos das cidades amazonenses é que deveriam tomar providências primeiro.

"Quando fomos notificados dos problemas, dois dias depois, o Eduardo Pazuello (ministro da Saúde) esteve lá, ficou três dias. Ele acionou toda a estrutura da Força Aérea, levamos oxigênio para a região de balsa, de avião. Fizemos todo o possível. Agora quem é o primeiro a tomar providencias dos seus problemas lá é o governador e o prefeito", opinou.

Bolsonaro ainda desabafou. "E o que é fato: tudo me culpam. Tudo sou eu. Tá muito calor aí? Pode me culpar. Se cair uma manga na tua cabeça, você me culpa também", disse ele, a uma mulher.

"Muito triste"

O presidente lamentou o atual cenário no estado amazonense. "Foi muito triste o que aconteceu lá em Manaus, pessoas morrerem sem atendimento. Parece que algumas cidades do interior apareceu o mesmo problema", observou Bolsonaro.

Segundo ele, o problema no estado é mais grave do que no resto do Brasil. "Geralmente, a rede pública de hospital lá sempre teve cheio, 90%, 95%, e as cirurgias estão sendo adiadas. A pessoa que podia ter tido tratamento preventivo lá atrás não vai, porque não tem atendimento e, quando agrava a doença, ela vai junto com o pessoal que está com covid e ai vem o caos", comentou.

"E esse problema de caos não é só lá. No Brasil todo tem muitas cirurgias, exames que foram adiados e a conta vem alta", finalizou.

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