MEIO AMBIENTE

Mourão diz que desenvolvimento sustentável depende do setor privado

Durante discurso por vídeo no Fórum Econômico Mundial, nesta quarta-feira (27/1), vice-presidente destacou que, sem a ajuda de empresas, será difícil ter "uma Amazônia vibrante, próspera e preservada"

Augusto Fernandes
postado em 27/01/2021 13:46 / atualizado em 27/01/2021 14:37
 (crédito: Reuters/Adriano Machado/Direitos Reservados)
(crédito: Reuters/Adriano Machado/Direitos Reservados)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, participou nesta quarta-feira (27/1) do Fórum Econômico Mundial e disse que os investimentos do setor privado são cruciais para garantir a preservação da Floresta Amazônica. De acordo com o general, “o futuro sustentável da Amazônia depende da expansão da bioeconomia e isso só vai se tornar realidade com a participação do setor privado”.

“É crucial que o setor privado tome a dianteira no financiamento de pesquisas e de programas científicos na região. Os governos, especialmente no cenário econômico do pós-pandemia, não terão recursos excedentes disponíveis para direcionar grandes quantias para este tipo de atividade”, observou Mourão.

O vice-presidente fez um discurso em inglês no painel “Financiando a Transição da Amazônia para uma Bioeconomia Sustentável”, em uma cerimônia virtual. Durante a sua fala, Mourão destacou que “nosso governo tem a principal responsabilidade na proteção do meio ambiente em nosso país”, mas reforçou que “o desenvolvimento sustentável só vai ter sucesso com maior engajamento do setor privado”.

O general alertou que “apesar do crescimento no interesse na situação da Floresta Amazônica, o mesmo não pode ser dito da cooperação financeira e técnica internacional, que ficou muito abaixo das necessidades da região”. “É claro, para nós, que sem um esforço conjunto de parceiros tanto do setor privado quanto público, não conseguiremos atingir nosso principal objetivo, que é ter uma Amazônia vibrante, próspera e preservada”, ponderou.

“Investimentos internacionais são essenciais para levar adiante essas iniciativas. Não podemos nos basear apenas nos governos para desenvolver essa bioeconomia. Para torná-las viáveis, investidores e outros envolvidos no processo precisam estar comprometidos”, acrescentou o vice-presidente.

"Governo empenhado"

Mourão admitiu que as condições atuais de investimento na região não são as ideais pela perspectiva de falta de infraestrutura, mas garantiu que “nosso governo está empenhado em promover um ambiente de negócios atraente e em impulsionar setores da economia”.

Ele também disse que o governo federal tem trabalhado em um plano para “garantir as condições necessárias para que nossas agências reassumam, na sua melhor condição, as operações nas nossas florestas”. “A operação Verde Brasil será concluída no próximo mês de abril. Nesse ponto, as operações serão lideradas novamente por nossas agências ambientais.”

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