O candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP) afirmou que, se eleito, vai pautar "imediatamente" a discussão sobre a retomada do auxílio emergencial na Casa. Neste domingo (30/1), o emedebista esteve reunido com representantes da bancada do Cidadania.
"Nós levantamos a importância do auxílio emergencial, do reforço do bolsa família, o olhar para o social. Se Deus me der oportunidade de ser presidente da Câmara fica o nosso compromisso de analisarmos todos os bons projetos para que tenhamos um auxilio emergencial para que os mais vulneráveis tenham apoio. Não é possível que com a pandemia não tenhamos sensibilidade por parte do governo federal para a gente acolher milhões de brasileiros que voltaram a passar fome e ter dificuldade”, disse Baleia Rossi.
A proposta de retomada do benefício, que foi pago pelo governo federal até o mês de dezembro do ano passado, foi apresentada pelo líder do Cidadania na Câmara, Arnaldo Jardim (SP). A bancada propôs que o programa seja renovado por mais seis meses, com parcela mínima de R$ 300.
“Estamos entregando uma proposta plausível, que prevê o pagamento de 300 reais durante seis meses, cujos recursos poderão ser implementados por meio de uma medida provisória de crédito extraordinário. E estamos passando o projeto para aquele que deverá vencer a disputa em curso e comandar a Casa com altivez e independência”, disse o líder do Cidadania.
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro negou que o auxílio emergencial pudesse ser retomado neste ano. Segundo o chefe do Executivo, o benefício não é "aposentadoria".
"A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento, muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento tá no limite", alegou.
Interferência
Após o encontro com os integrantes do Cidadania, Baleia Rossi também aproveitou para criticar a suposta interferência do governo Jair Bolsonaro na disputa pelo comando da Câmara. O Palácio do Planalto vem trabalhando pelo nome de Arthur Lira (PP-AL), principal adversário de Rossi.
Segundo o deputado do MDB, Lira está com “salto alto”, mas na verdade não tem segurança de que vai ganhar a eleição, tanto que está atuando pela liberação de verbas para emendas em meio à pandemia para tentar conseguir votos. “Essa é uma eleição que não está definida. Tenho convicção que a Câmara não vai se ajoelhar para o Palácio do Planalto”, disse.
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