CPI da Covid

Mourão critica CPI: "Figuras esquecidas reapareceram vestindo camisola de virgem"

Vice-presidente reclama que comissão tenha servido para ressuscitar alguns nomes da política brasileira

Augusto Fernandes
postado em 10/05/2021 17:54
 (crédito: Bruno Batista /VPR)
(crédito: Bruno Batista /VPR)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, fez críticas à comissão parlamentar de inquérito (CPI) da covid-19. Para o general, a comissão contribuiu para que alguns nomes esquecidos da política nacional reaparecessem "vestindo camisola de virgem".

"Vamos aguardar quais serão os desdobramentos da CPI. A CPI hoje trouxe à luz algumas figuras da política que estavam meio esquecidas e que reaparecem vestindo uma camisola nova, de virgem", disse Mourão em entrevista ao portal UOL, nesta segunda-feira (10/5).

Na avaliação do vice-presidente, é "muito difícil" que o presidente Jair Bolsonaro seja acusado de crime de responsabilidade ao fim dos trabalhos da CPI, que vai investigar ações e eventuais omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia e possíveis irregularidades na administração de recursos da União repassados a estados e municípios.

"Acho muito difícil que ocorra o impeachment do presidente Bolsonaro porque ele não cometeu crime de responsabilidade. São questões de interpretações sempre. Não existe uma pressão popular para isso", comentou.

"Você pode dizer que o presidente perdeu popularidade em determinados segmentos da sociedade, mas em outros ele continua com a popularidade dele. Além de possuir uma base consistente dentro do Congresso", acrescentou o vice-presidente.

Apesar disso, quando questionado se o Executivo tem alguma responsabilidade pelos efeitos que a covid-19 causou no país, Mourão voltou a dizer que "o governo é responsável por tudo o que aconteça ou deixa de acontecer".

Pazuello

Mourão também foi indagado sobre o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI, previsto para 19 de maio. Segundo o vice-presidente, ""esse depoimento dele será o mais difícil, é óbvio. Ele tem que se preparar para isso, porque vão fazer um interrogatório bem duro em cima das ações que ele fez ou deixou de fazer. Ele terá que ter dados bem consistentes para apresentar. Ele precisa ter uma preparação boa para isso", respondeu.

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