CPI DA COVID

"Não temo absolutamente nada", diz Bolsonaro após dia tenso em CPI

Presidente também voltou a pedir a aprovação do voto impresso e disse em recado ao STF que "ninguém passará por cima da decisão do parlamento brasileiro" caso a medida passe pelo Congresso

Ingrid Soares
postado em 12/05/2021 18:51
 (crédito: Evaristo Sá/AFP)
(crédito: Evaristo Sá/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (12/5), após o depoimento do ex-secretário de Comunicação do governo Fábio Wajngarten à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 que "não teme absolutamente nada" e que "só Deus" o tira do posto. Declaração ocorreu em evento de anúncio da Caixa para investimentos em preservação no Palácio do Planalto.

"Temos certeza que dias melhores teremos pela frente. Essa pandemia realmente foi um castigo para o mundo todo. O governo fez o que pôde. Os que não fizeram nada, agora querem atrapalhar o governo. Acredito nas instituições, não temo absolutamente nada e deixo bem claro: Só Deus me tira daqui. Não queremos desafiar ninguém, respeito os demais, mas vão nos respeitar. Nunca tiveram da minha parte uma só sugestão, ato ou palavra para censurar quem quer que seja. Somos um país livre. Direitos fundamentais é para ser respeitado", apontou.

Ele também voltou a pedir a aprovação do voto impresso e disse em recado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que "ninguém passará por cima da decisão do parlamento brasileiro" caso a medida passe pelo Congresso e que, futuramente, seu governo deixará saudades por conta do perfil técnico.

Depoimento

O relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, durante o depoimento do ex-secretário de Comunicação do governo Fábio Wajngarten, que o depoente foi "a primeira pessoa que incrimina o presidente da República (Jair Bolsonaro)"

Renan Calheiros chegou a pedir a prisão de Wajngarten, depois de acusá-lo de falar mentiras durante o depoimento. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), contudo, disse que não tomaria a iniciativa de determinar a prisão do ex-secretário de Comunicação porque "não é carcereiro" e porque o depoente trouxe a informação de que o governo desprezou uma oferta de vacinas feita pela Pfizer em setembro de 2020

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