Pandemia

Omar Aziz: propaganda do governo sobre covid é ‘vergonhosa’

Em entrevista ao CB.Poder, presidente da CPI da Covid no Senado diz que não há uma política federal de conscientização da população. Omar Aziz disse ainda que o ministro da Saúde tem medo de agir

Jéssica Gotlib
postado em 07/06/2021 13:08
Para presidente da CPI, falta de autonomia do ministério é um dos pontos críticos do combate à pandemia no Brasil -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Para presidente da CPI, falta de autonomia do ministério é um dos pontos críticos do combate à pandemia no Brasil - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Em entrevista ao CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta segunda-feira (7/6), o senador Omar Aziz (PSD/AM) criticou a forma como o governo se comunica com a população sobre as medidas necessárias para combater a covid-19.

“Você já viu a nova propaganda do Governo Federal falando sobre vacina? (..) de uma forma até vergonhosa, acanhada, eles mandam usar máscara, isolar e usar álcool em gel. Não é a política federal. O ministro faz uma propaganda de isolamento, para usar máscara e tal acanhada, por medo”, argumentou o presidente da CPI da Covid.

Segundo ele, esse problema está diretamente vinculado à falta de autonomia do Ministério da Saúde no combate à pandemia e é um dos problemas que agravaram a crise sanitária no Brasil. “Como é que você pode ter uma política pública sanitária, para uma doença tão grave, se não há consenso da equipe? Que a equipe não está incluída na mesma coisa”, questionou.

Para o senador, um dos indícios das amarras ao ministério é a escolha da equipe que ampara as decisões da pasta sobre a covid-19. “Ele (ministro Marcelo Queiroga) não consegue nomear a doutora Luana, que é uma infectologista, mas mantém a doutora Mayra, que tem pensamento contrário ao dele”, lembrou.

Esses conflitos acabam gerando erros na condução das políticas públicas, segundo o presidente da CPI da Covid. “É importante que o Governo Federal faça uma campanha massiva para as pessoas se protegerem enquanto a gente não imunizar o Brasil”, defendeu.

Confira a entrevista completa:


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