PARÁ

Sem máscara, Bolsonaro causa aglomeração no Pará, critica governadores e MST

Mandatário recebeu das mãos do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, camisetas de futebol de times locais. E ergueu uma delas com os dizeres "É melhor Jair se acostumando. Bolsonaro 2022"

Ingrid Soare
postado em 18/06/2021 15:40 / atualizado em 18/06/2021 15:41
 (crédito: Reprodução / Tv Brasil)
(crédito: Reprodução / Tv Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Marabá, no Pará, nesta sexta-feira (18/6), onde participou da entrega de títulos de propriedade rural no estado. Já na chegada, sem máscara, o mandatário tirou fotos e cumprimentou apoiadores em meio a aglomeração, e realizou passeio de carro pelas ruas da cidade acenando para bolsonaristas. As imagens foram postadas em suas redes sociais.

Antes do início da cerimônia, Bolsonaro pediu a retirada de um cercado que separava o público de fora do evento, causando nova aglomeração. 

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça, um dos cotados para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) também acompanhou o presidente na comitiva, junto com o pastor Silas Malafaia.

Ao último, Bolsonaro teceu elogios ao político. "Uma pessoa que não me defende, fala a verdade: pastor Silas Malafaia. Um gigante, um homem de fé, mas que, além de Deus no coração, ele tem as cores verde e amarelo".

O mandatário ainda teceu críticas ao MST e a governadores. "Cada vez mais afastamos atividade nefastas do MST. Propriedade privada é sagrada, mas tem muito mais coisa que consideramos sagrado, que é a lei maior, a nossa Constituição".

"O nosso direito de ir e vir é sagrado, a nossa liberdade de culto também. Lamento que muitos governadores usurparam disso, tiram o sustento dos mais humildes, que apavorados não tinham como sobreviver", continuou.

"Como eu gostaria que governadores fizessem o que eu faço. Na alegria ou na tristeza, nós temos que andar ao lado do povo, povo esse a quem nós políticos devemos lealdade absoluta". "Sentimos um pouco do que é a sanha ditatorial de alguns poucos governadores do Brasil que retiraram o direito de ir e vir de vocês. Nossa liberdade é nosso bem maior, maior mesmo que a nossa própria vida".

Lockdown

Ele aproveitou para fazer novo ataque a medidas restritivas como o lockdown. "Além de não recomendável, atinge a dignidade. Esse presidente que vos fala não fechou um botequim sequer. Pelo contrário, em meio à pandemia, criou o auxílio emergencial".

Bolsonaro afirmou também que voltou a reconhecer inflação no país. "Temos problemas no momento? Sim, temos. Temos problema de inflação? Temos. Mas se o homem do campo não tivesse trabalhado, não teríamos inflação, mas desabastecimento".

O presidente ainda recebeu das mãos do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, camisetas de futebol recebidas por times locais. Ele ergueu uma delas com os dizeres "É melhor Jair se acostumando. Bolsonaro 2022". 

Ao final, um homem pediu ao chefe do Executivo que "usasse a caneta Bic para mandar parar de queimar máquinas de garimpeiros e madeireiros".

 




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