MANIFESTAÇÕES

Após protestos, Bolsonaro chama manifestantes de "coitados" e diz que maioria foi paga

"Pessoal ali, a maioria é pago. Se perguntar o que está fazendo, não sabe. Esse pessoal aí, a gente vai recuperando esse pessoal devagar. A maioria que tem ali são pobres coitados", apontou o mandatário

Ingrid Soares
postado em 23/06/2021 14:08 / atualizado em 23/06/2021 14:08
 (crédito: José Cruz/Agência Brasil)
(crédito: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (23/6) que a maioria dos manifestantes que  participaram de atos contra ele no último dia 19 é "pobre coitado" que o governo "recuperará aos poucos". Sem apresentar provas, o mandatário também afirmou que muitos dos participantes foram pagos para comparecer às manifestações. Declarações ocorreram durante conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

"Pessoal ali, a maioria é pago. Se perguntar o que está fazendo, não sabe. Esse pessoal aí, a gente vai recuperando esse pessoal devagar. A maioria que tem ali são pobres coitados", apontou.

No último sábado (19), milhares de brasileiros protestaram nos 26 estados do país e no Distrito Federal protestar contra Bolsonaro. Segundo os organizadores do evento, convocado pela internet com a hashtag ForaBolsonaro19J, cerca de 200 mil pessoas foram às ruas neste que foi o segundo ato público contra o governo em menos de um mês.

Além do impeachment do presidente, também foram registrados pedidos de vacinas e de políticas sanitárias no combate à pandemia. Manifestantes de todo o país portavam cartazes com frases contra a desinformação e contra tratamentos comprovadamente ineficazes à doença.

Inicialmente convocadas por centrais sindicais e organizações de movimentos sociais, as manifestações contaram com a participação de artistas, como Chico Buarque, Malu Mader e Paulo Betti, além de políticos, como o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-candidato à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB).

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