MERCOSUL

Bolsonaro a Fernández: "A única rivalidade entre nós vai acontecer no Maracanã"

O presidente usa o futebol para tentar amenizar as críticas que fez à presidência argentina do Mercosul. Bolsonaro afirma também que "a pandemia está indo embora" e volta a atacar governadores por medidas de restrição

Ingrid Soares
postado em 08/07/2021 14:01 / atualizado em 08/07/2021 14:01
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Após ter criticado a gestão do presidente da Argentina, Alberto Fernández, à frente do bloco, durante reunião de chefes de Estado do Mercosul, o presidente Jair Bolsonaro amenizou a fala, na segunda parte de seu discurso, e disse que a única rivalidade entre os dois países está no futebol. Bolsonaro destacou a final da Copa América, prevista para este sábado (10), entre Brasil e Argentina. O Brasil assumiu hoje a presidência pró-tempore do bloco, que esteve a cargo do país vizinho no último semestre. O mandatário ainda prometeu colaboração de vacinas contra a covid-19 no final do ano, quando o Brasil iniciar a produção de imunizantes.

"É uma satisfação, pela segunda vez, receber a presidência pró-tempore do Mercosul. Tenho certeza, com fé em Deus, com nossa reunião presidencial em dezembro, com nossos povos já vacinados, com toda a certeza, o Brasil estará brevemente colaborando com os senhores no tocante a vacinação porque já estamos na iminência de começar a produzir vacina aqui. E nós só estaremos bem aqui no Brasil se todos os nossos irmãos estiverem bem aqui na nossa querida América do Sul. Dizer, em especial, ao presidente da Argentina, que a única rivalidade entre nós vai acontecer agora no próximo sábado, no Maracanã", riu.

O mandatário ainda chutou um placar de 5 a 0. "Eu vou adiantar o placar, 5 a 0. Fora isso, prezado Fernandez, o Brasil só estará bem se a nossa querida Argentina, nosso querido Uruguai, o nosso Paraguai do meu irmão paraquedista Marito e demais países que nos circundam também estiverem bem. Os nossos países têm um potencial fantástico. Obviamente, o do Brasil é maior pela sua extensão territorial. E a nossa união, o nosso entendimento, o nosso amor à democracia, à liberdade fará de cada um de nós uma grande nação. Quanto mais independentes, irmanados com esses princípios, melhor para todos nós", acrescentou.

Em referência à flexibilização do bloco, o chefe do Executivo apontou também que, "com nosso entendimento, teremos no final deste ano o Mercosul livre de algumas amarras, mais ágil, mais próspero e gerando, além de vidas para os nosso países, empregos tão importantes para todos nós".

Por fim, Bolsonaro disse que "a pandemia está indo embora" e voltou a criticar governadores que aderiram a medidas de restrição.

"A pandemia, pelo que tudo indica, graças a Deus, está indo embora. A condução da mesma aqui em nosso país coube basicamente a governadores e prefeitos. O meu governo nada fechou no tocante ao comércio, até porque não tivemos até hoje a comprovação científica do lockdown ou do toque de recolher, e eu sempre respeitei a liberdade do ser humano. Creio que isso é a intenção de todos nós. O Brasil está de portas abertas para recebê-los com o maior carinho e consideração que todos vocês merecem. Tenho certeza que, com esse espírito desarmado, o nosso futuro será promissor", concluiu.

 

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