ORÇAMENTO

Bolsonaro defende aliados que aprovaram fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões

Presidente diz que parlamentares que votaram a favor da LDO eram contra o reajuste do fundo em quase três vezes. Ele prometeu vetar esse dispositivo da lei

Augusto Fernandes
postado em 20/07/2021 14:25 / atualizado em 20/07/2021 14:26
 (crédito: Evaristo Sa/AFP)
(crédito: Evaristo Sa/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa dos parlamentares da base do governo que, na semana passada, permitiram um reajuste no fundo eleitoral para 2022 de quase três vezes ao votarem pela aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem. A decisão do Congresso Nacional elevou o valor do fundo de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

De acordo com Bolsonaro, deputados e senadores da base do governo tinham de garantir a aprovação da LDO para não atrapalhar o planejamento do Executivo para 2022. Por isso, votaram para a redação da matéria ser aprovada na íntegra, mesmo sabendo do dispositivo que previa o aumento do valor do fundo eleitoral.

“Os parlamentares que votaram favoráveis foram rotulados como se tivessem votando por essa majoração do fundão, coisa que não é verdade. O PT que votou contra, votou contra a LDO para tentar prejudicar o meu governo, e aí passaram a ser os heróis que teriam votado contra (o fundão). Muito pelo contrário. O PT é um dos partidos mais ávidos pelo fundo eleitoral. Quem está sendo massacrado deveria ser elogiado, porque ajudou a aprovação da LDO”, comentou o presidente.

As declarações dele aconteceram em uma entrevista à Rádio Itatiaia na manhã desta terça-feira (20/7). O presidente voltou a dizer que vetará o reajuste ao fundão. Segundo ele, o aumento aprovado por deputados e senadores foi “extrapolado”. “Não é o que eles aprovam lá que eu sou obrigado a intubar para o lado de cá”, comentou.

De todo modo, Bolsonaro disse que a última decisão caberá ao Congresso. “O parlamento vai decidir depois do meu veto se derruba ou não. A bola vai estar com o parlamento.”

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