CPI da Covid

Ao vivo: CPI da Covid ouve suposto 'sócio oculto' de fiadora da Covaxin

Depoimentos anteriores apontaram Marcos Tolentino como o procurador do FIB Bank. Empresário faltou à oitiva no início do mês e compareceu à comissão nesta terça-feira (14/9) após a Justiça determinar possível condução coercitiva em caso de não comparecimento

Tainá Andrade
postado em 14/09/2021 10:46 / atualizado em 14/09/2021 10:52
 (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 retorna suas atividades, nesta terça-feira (14/9), com o depoimento de Marcos Tolentino, apontado como sócio oculto do FIB Bank, empresa que ofereceu garantia ao contrato de R$ 1,6 bilhão entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos para a compra da vacina Covaxin.

O depoente seria ouvido pela comissão em 1º de setembro, mas apresentou um atestado médico no qual alegava formigamento no corpo. Horas depois da entrada no hospital Sírio Libanês, contudo, ele concedeu entrevista ao site O Antagonista. Ao tomar conhecimento do episódio, os senadores ficaram irritados. "A gente tem que pedir também a condução coercitiva desse senhor Tolentino. Ele vem de maca, mas virá", disse o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na ocasião.

Para não ter surpresas, a comissão conseguiu, junto à Justiça Federal de Brasília, uma autorização para, caso Tolentino não comparecesse, fosse levado ao inquérito por condução coercitiva. A decisão foi divulgada na terça-feira (13) pelo juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal de Brasília (DF).

Os senadores também requisitaram a busca e apreensão do passaporte, expedição de ordem para impedir a saída do país e a proibição de ausência da comarca em que reside, mas os pedidos foram negados. O juiz alegou ser excessivo já que Tolentino é testemunha, mas, ainda assim, se o empresário faltasse, poderia pagar multa e ser incriminado por desobediência.

O habeas corpus concedido a Tolentino ainda é válido. Ele tem direito de permanecer em silêncio durante o depoimento, para evitar produzir provas contra si.

Reta final

A comissão ouve os últimos depoimentos para fechar o relatório, que está previsto para ser entregue no final do mês pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). O senador Rogério Carvalho (PT-SE) informou sobre pontos que serão incluídos no documento, entre eles: “a divulgação de informações falsas e tratamentos sem eficácia comprovada, além de possível corrupção na compra de vacinas, insumos e serviços no governo de Jair Bolsonaro”. Segundo ele, o relatório final será o momento mais importante dos trabalhos da CPI.

Acompanhe ao vivo 

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE