EQUIPE ECONÔMICA

"Às vezes, o presidente sai do cercado", diz Guedes sobre excessos de Bolsonaro

Ministro da Economia participou de evento nesta terça sobre as perspectivas econômicas brasileiras

Fernanda Fernandes  
postado em 14/09/2021 19:20 / atualizado em 15/09/2021 07:45
 (crédito: Alan Santos/PR)
(crédito: Alan Santos/PR)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou, nesta terça-feira (14/9), sobre os “excessos” de atores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. "O Brasil é uma democracia resiliente, robusta e sofisticada, os atores é que cometem excesso. Às vezes, o presidente sai do cercado, às vezes um ministro do Supremo prende pessoas, toda hora alguém dá um passeio do lado selvagem", disse, durante debate promovido pelo BTG Pactual Digital. A afirmação de Guedes foi uma referência aos ataques contra o STF cometidos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no último 7 de setembro, e às prisões de aliados políticos do governo, decretadas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Sobre o atual panorama econômico, Guedes afirmou que o país estaria mais forte e acelerado se tivesse mais apoio dentro do Congresso Nacional. "Se (o governo) tivesse entrado junto com a base de sustentação parlamentar… Perdemos muito tempo sem essa base e também com o combate à covid", disse. "As pessoas falam como se não tivesse tido pandemia. Nós fizemos a covid?", indagou, atribuindo os problemas econômicos também à crise sanitária. "Evidente que foi um impacto e o Brasil caiu menos que as economias avançadas, voltou mais rápido que as economias avançadas e está em um ritmo de crescimento interessante", completou.

Sobre o desemprego, o ministro afirma que sempre existiu e defendeu que, no campo de trabalho informal, houveram novas vagas. "O desemprego sempre esteve aí. Nós descobrimos 38 milhões de invisíveis, e criamos no mercado informal milhões de empregos. O Brasil está gerando empregos", afirmou Guedes, sobre o país com 14,4 milhões de desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Eleições para 2022, impactos dos ruídos políticos na economia e a questão dos precatórios também foram alguns dos assuntos tratados pelo ministro no evento desta terça

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