AO STF

PF pede prorrogação sobre inquérito que investiga Bolsonaro por vazamento de dados

Presidente divulgou nas redes sociais um inquérito da Polícia Federal que apura um suposto ataque ao sistema interno do sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, conforme o órgão, não comprometeu o resultado das eleições

A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação do inquérito que investiga vazamento de documentos sigilosos por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro. No dia 4 de agosto, o chefe do Executivo divulgou nas redes sociais a íntegra de um inquérito da PF que apura um suposto ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018 — e que, segundo a Corte, não representou nenhum risco às eleições.

Por conta do episódio, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a abertura de uma investigação para apurar o vazamento. A decisão atendeu a um pedido feito pelo TSE. O magistrado também solicitou a remoção dos links disponibilizados por Bolsonaro com a íntegra da investigação, além do afastamento do delegado da PF que era responsável pelo inquérito.

Ao pedir a prorrogação, a Polícia Federal defendeu que a extensão do prazo é necessária "considerando a expiração do prazo de permanência do presente inquérito em sede policial e havendo necessidade de prosseguimento da apuração”. Moraes pediu para a Procuradoria-Geral da República (PGR) opinar sobre o pedido.

Ataques

Nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro fez uma série de ameaças ao processo eleitoral, atacando o sistema de urnas eletrônicas e defendendo a volta da impressão do voto. Em agosto, a Câmara rejeitou e arquivou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que tinha como objetivo o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos.

O próprio presidente é alvo de um inquérito no TSE que investiga a disseminação de fake news. O pedido é baseado nos constantes acusações, sem provas, feitas por Bolsonaro às máquinas e ao sistema eleitoral do país. O presidente sustenta que as eleições de 2018 foram fraudadas e que a chapa dele teria sido eleita em primeiro turno. Por conta do imbróglio, a Corte eleitoral antecipou a abertura do código-fonte das urnas, que permite a inspeção pela sociedade civil.

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