JUSTIÇA ELEITORAL

Barroso diz que TSE sobreviveu a "ataques grosseiros e mentirosos"

Sem citar Bolsonaro, ministro exaltou a força das instituições e garantiu eleições livres no ano que vem. Presidente é crítico das urnas eletrônicas

Luana Patriolino
postado em 04/10/2021 15:14 / atualizado em 04/10/2021 15:15
 (crédito: CARLOS MOURA/SCO/STF)
(crédito: CARLOS MOURA/SCO/STF)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, garantiu que as eleições de 2022 vão acontecer de forma livre e exaltou o papel dos Poderes na defesa da democracia. Nesta segunda-feira (4/10), durante o Seminário Internacional Integridade Eleitoral na América Latina, promovido pelo TSE, o ministro disse, sem citar nomes, que a Corte eleitoral sobreviveu a “ataques grosseiros e mentirosos”.

“A verdade é que o mal existe e é poderoso, mas não pode mais do que o bem. Essa talvez seja minha crença mais profunda. Resistimos aos ataques e vencemos com verdade e boa-fé. Ao contrário do que os tempos agressivos e cheios de ódio possam sugerir, essas são as forças mais poderosas do universo: trabalho honesto, princípios, verdade e boa-fé", ressaltou Barroso.

Em setembro, o presidente da República, Jair Bolsonaro, convocou os apoiadores às ruas para manifestações em prol do seu governo. Os manifestantes pediam o fechamento do STF e se posicionaram contra o Congresso. Bolsonaro também fez ataques fervorosos ao Judiciário e contra as urnas eletrônicas. O próprio mandatário é alvo de um inquérito no TSE que investiga a disseminação de fake news. O pedido é baseado nos constantes ataques, sem provas, feitos pelo presidente às urnas e ao sistema eleitoral do país.

“A estratégia antidemocrática ataca instituições judiciais e eleitorais como forma de minar a democracia e, para protegê-la, só há um remédio na farmacologia jurídica: instituições fortes, sociedade civil mobilizada e imprensa livre. Por essa razão, somos todos militantes da proteção da democracia no Brasil”, disse Barroso no evento desta segunda.

O seminário do TSE acontece a um ano das eleições presidenciais do Brasil e debate, com autoridades eleitorais da América Latina e observadores, a "erosão da democracia" em diferentes países e como preservar o sistema político.

 

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