O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o discurso que vinha adotando nos últimos meses e, pela primeira vez, defendeu o voto eletrônico. Ele participou de um evento em Ponta Grossa (PR) na sexta-feira (5/11) e disse que passou a acreditar na urna eletrônica depois de anunciar que as Forças Armadas acompanharão o processo eleitoral.
“Tenho tranquilidade, porque o voto eletrônico vai ser confiável ano que vem. Por quê? Porque tem portaria do presidente do TSE, o Barroso, convidando entidades para participar das eleições, entre elas as nossas, as suas Forças Armadas”, afirmou o presidente, que esteve no interior do Paraná para participar de entrega da ampliação de sistemas de abastecimento de água.
A mudança de postura de Bolsonaro ocorreu dois meses depois das manifestações de 7 de setembro. No ato, uma das bandeiras defendidas pelos participantes foi a instituição do voto impresso nas eleições do ano que vem.
“Já que fomos convidados, aceitamos e passamos a acreditar no voto eletrônico e nós, das Forças Armadas, com as suas equipes de inteligência, participaremos de todo o processo eleitoral lá do código-fonte até a sala secreta”, completou o presidente.
Embora tenha voltado atrás na questão do voto eletrônico, Bolsonaro disparou contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por cassar o mandato do deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR). O parlamentar foi acusado de disseminar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições de 2018.
“A cassação dele foi um estupro, por ter feito uma live 12 minutos antes. Não influenciou em nada, ele era deputado federal, foi uma violência, mesmo que por ventura alguém não goste dele aqui”, disse.
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