Congresso

Orçamento: relator reduz fundo eleitoral para R$ 4,93 bilhões

Hugo Leal (PSD-RJ) chegou a reduzir o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para R$ 4,7 bilhões, nesta terça-feira (21/12), mas voltou atrás e elevou as estimativas novamente

Israel Medeiros
postado em 21/12/2021 16:30 / atualizado em 21/12/2021 16:32
Relator-geral do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ)  -  (crédito: Reila Maria/Câmara dos Deputados)
Relator-geral do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ) - (crédito: Reila Maria/Câmara dos Deputados)

O relator geral do Orçamento da União para 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), reduziu nesta terça-feira (21/12), em seu parecer, o montante para o financiamento de campanhas eleitorais para R$ 4,93 bilhões. Na semana passada, o Congresso Nacional derrubou um veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao aumento do fundão e manteve o limite para este fim em R$ 5,7 bilhões.

Na segunda-feira (20), o parlamentar chegou a apresentar uma primeira versão de seu relatório em que reduzia o montante a R$ 5,1 bilhões. Hoje, ele reduziu novamente o orçamento para o fundão, levando a R$ 4,7 bilhões. Entre reuniões e insatisfações de líderes, Hugo Leal apresentou um complemento a seu voto, elevando novamente o fundo para R$ 4,93 bilhões.

Esse valor é mais que o dobro do que foi utilizado nas eleições municipais de 2020, em que foram escolhidos prefeitos e vereadores. Em 2018, ano de eleição geral, com escolha de governadores, deputados federais, estaduais, distritais, senadores e presidente da República, o montante gasto foi de apenas R$ 1,7 bilhão.

O aumento, portanto, é alvo de críticas de partidos como o Novo — que prega o enxugamento do Estado e defende o financiamento privado de campanhas — e de especialistas, que apontam que, com o avanço das redes sociais, ficou mais barato fazer campanha.

A expectativa da presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (MDB-ES), é de votar o relatório de Leal ainda hoje na CMO. No entanto, parlamentares ainda não chegaram a um consenso sobre a destinação de recursos. Caso passe pela Comissão na tarde desta terça-feira, o Congresso se reunirá para deliberar sobre o Orçamento. A discussão pode entrar pela madrugada. 

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