Orçamento 2022

Sindilegis repudia Orçamento que contempla apenas reajuste para policiais federais

Os servidores do legislativo repudiam e consideram uma "falácia" não ter verbas orçamentárias para distribuir o reajuste às carreiras que "tiveram seus vencimentos corrigidos pela última vez ainda em 2016"

Cristiane Noberto
postado em 21/12/2021 21:52
 (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
(crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A aprovação do Orçamento de 2022 com destinação de R$ 1,7 bilhões para reajuste de policiais federais, moveu diversos outros grupos de servidores nesta terça-feira (21/12). O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) assinou uma carta de repúdio na qual consideram "perplexa" a decisão de conceder reajuste à apenas uma parte dos servidores e ignorar outros mais de "um milhão".

"Em que pese a importância e merecimento dos colegas da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), causa perplexidade a decisão do relator, chancelada pela CMO e pela Câmara, de conceder reajuste apenas aos membros dessas carreiras, ignorando completamente mais de 1 milhão de servidores públicos que tiveram seus salários corroídos pelo aumento galopante da inflação desde a última recomposição, há cinco anos", diz a nota publicada.

Os servidores do legislativo repudiam e consideram uma "falácia" não ter verbas orçamentárias para distribuir o reajuste às carreiras que "tiveram seus vencimentos corrigidos pela última vez ainda em 2016". A categoria destaca que todos "estão na mesma situação os profissionais da saúde e educação". O sindilegis ainda questiona: "o que justifica, portanto, esta injusta e insensível escolha do Governo, avalizada pelos deputados, de destinar R$ 1,74 bilhão para reajustar o salário de apenas 45 mil policiais em detrimento dos demais trabalhadores do serviço público?".

O presidente do sindicato, Alison Souza ainda destaca que o parecer aprovado pela Câmara deixa claro as prioridades da Casa legislativa. "O financiamento de campanhas eleitorais com dinheiro público em 2022, bem como as negociações para dar sustentação política ao Governo, são infinitamente mais importantes do que recompor o salário de servidores públicos que já estão há meia década sem reajuste – três anos apenas no Governo Bolsonaro, diga-se de passagem", afirmou.

 

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