O filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, adiou novamente o depoimento na Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o pagamento de propina por empresários com interesses na administração pública.
Jair Renan deveria ter prestado o depoimento neste mês, mas, a pedido da defesa, a PF decidiu remarcar a data. A previsão é de que o interrogatório ocorra em fevereiro. A investigação tramita na Superintendência da PF do Distrito Federal. O documento do inquérito aponta que Jair Renan é associado com outras pessoas "no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade''. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários".
As suspeitas sobre o filho 04 do presidente envolvem a utilização da empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Segundo a PF, o grupo empresarial tem interesses junto ao governo federal e presenteou, em setembro do ano passado, Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês após a doação, representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, uma das empresas do conglomerado, se reuniu com Rogério Marinho.
A PF deve produzir o relatório final para apontar se houve cometimento de crime por parte do filho mais novo do presidente.
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