Lavagem de dinheiro

Jair Renan adia depoimento à PF em inquérito que investiga pagamento de propina

Jair Renan deveria ter prestado o depoimento neste mês, mas, a pedido da defesa, a PF decidiu remarcar a data. A previsão é de que o interrogatório ocorra em fevereiro

Darcianne Diogo
postado em 20/01/2022 23:44 / atualizado em 20/01/2022 23:45
 (crédito: CB/D.A. Press)
(crédito: CB/D.A. Press)

O filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, adiou novamente o depoimento na Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o pagamento de propina por empresários com interesses na administração pública.

Jair Renan deveria ter prestado o depoimento neste mês, mas, a pedido da defesa, a PF decidiu remarcar a data. A previsão é de que o interrogatório ocorra em fevereiro. A investigação tramita na Superintendência da PF do Distrito Federal. O documento do inquérito aponta que Jair Renan é associado com outras pessoas "no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade''. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários".

As suspeitas sobre o filho 04 do presidente envolvem a utilização da empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.


Segundo a PF, o grupo empresarial tem interesses junto ao governo federal e presenteou, em setembro do ano passado, Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês após a doação, representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, uma das empresas do conglomerado, se reuniu com Rogério Marinho.


A PF deve produzir o relatório final para apontar se houve cometimento de crime por parte do filho mais novo do presidente.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação