Moïse Kabagambe

Bolsonaro pede punição de "marginais" que entraram em igreja em protesto por congolês

Segundo nota da Arquidiocese de Curitiba, manifestantes entraram na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos no último sábado (5/2) em torno de 17h, mesmo horário da celebração da missa

Maria Eduarda Cardim
postado em 07/02/2022 22:59 / atualizado em 07/02/2022 23:00
 (crédito: Sergio Lima/AFP)
(crédito: Sergio Lima/AFP)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), foi às redes sociais nesta segunda-feira (7/2) pedir a punição de manifestantes que entraram em uma igreja em Curitiba, Paraná, para protestar pelo assassinato do congolês Moïse Kabagambe. O chefe do Executivo disse que acionou o Ministério da Justiça e da Segurança Pública e a pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para acompanharem o caso. 

"Se esses marginais não respeitam a casa de Deus, um local sagrado, e ofendem a fé de milhões de cristãos, a quem irão respeitar?", postou o presidente. 

No ação gravada é possível ver os manifestantes entrando na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Segundo nota da Arquidiocese de Curitiba, a invasão ocorreu no último sábado (5/2) em torno de 17h, mesmo horário da celebração da missa.

"Solicitados a não tumultuar o momento litúrgico, lideranças do grupo instaram a comportamentos invasivos, desrespeitosos e grotescos", criticou a Arquidiocese. A nota ainda repudiou o ato já que considerou as ações agressivas e ofensivas. 

Nas redes sociais, Bolsonaro citou o artigo 208 do Código Penal, que diz que "escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso". Segundo Bolsonaro, a pena poder ser a detenção de um mês a um ano ou pagamento de multa. 

"Acionei o Ministério da Justiça e da Segurança Pública e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para acompanharem o caso, de modo a garantir que os responsáveis pela invasão respondam por seus atos e que práticas como essa não ganhem proporções maiores em nosso país", completou Bolsonaro. 

O presidente não comentou sobre a morte do congolês, que foi espancado por 15 minutos após cobrar pagamento no Rio de Janeiro.

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