MEIO AMBIENTE

STF suspende julgamento contra decreto de Bolsonaro que flexibiliza proteção a cavernas

Ministro Dias Toffoli pediu vistas nesta segunda-feira (21/2). Placar da ação está em 2 a 0 contra a decisão do governo

Luana Patriolino
postado em 21/02/2022 14:41 / atualizado em 21/02/2022 14:44
 (crédito: Waitomo.com)
(crédito: Waitomo.com)

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta segunda-feira (21/2), o julgamento contra o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL) que flexibiliza a proteção às cavernas brasileiras. A apreciação foi adiada, após o pedido de vistas do ministro Dias Toffoli. As regras alteradas pelo governo permitem intervenções para obras e empreendimentos considerados de utilidade pública.

Com julgamento ainda sem data para ser retomado, o placar está em 2 a 0, com votos dos ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia. A ação contra o decreto é da Rede Sustentabilidade. A magistrada acompanhou o voto do relator da ação, Lewandowski, concedendo em parte o pedido do partido alegando que há risco de danos irreversíveis às cavidades naturais e às áreas de sua influência.

A flexibilização foi criticada por especialistas, que apontam risco de destruição de centenas de grutas e milhares de espécies que vivem nesses locais. Outra preocupação é o perigo de novas epidemias e pandemias. Segundo a Rede, a decisão é um ‘retrocesso ambiental’.

Bolsonaro alegou que a medida era necessária para acelerar a geração de empregos no país. No entanto, a Rede sustenta que, ao permitir empreendimentos de mineração, construção de rodovias, ferrovias e linhas de transmissão, podem ser causados danos irreparáveis em cavidades que possuem maior complexidade geológica e ambiental. Ainda segundo a legenda, a norma vai na ‘contramão da devida proteção constitucional’.

 

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