![(crédito: Ricardo Stuckert ) (crédito: Ricardo Stuckert )](https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/12/19/675x450/1_2c8cfe1f_77e7_4664_8fc1_db15bb6af4de-7229876.jpg?20211219212128?20211219212128)
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin está prestes a se credenciar como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de outubro. Numa reunião, na segunda-feira (7/3), ele acertou a entrada no PSB. A filiação ainda não tem data marcada, mas deve ocorrer ainda neste mês.
A definição ocorreu numa reunião em São Paulo, da qual participaram o presidente da legenda, Carlos Siqueira; o prefeito do Recife, João Campos, e o ex-governador paulista Márcio França.
Apesar de o PSB dar como certa a filiação de Alckmin, o ex-tucano foi cauteloso ao comentar o encontro de ontem. "A reunião foi muito produtiva e provou haver convergência política e vontade de união em benefício do país", escreveu no Twitter.
"Sigo conversando com outros partidos que buscam uma unidade de ação em defesa da democracia e de melhores condições de vida para o nosso povo. Até a próxima semana, definirei a minha filiação partidária", acrescentou.
Desde o ano passado, Lula demonstra a intenção de tornar Alckmin seu vice para as eleições. Se a decisão for mesmo sacramentada, deve impactar as candidaturas da terceira via.
Segundo o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), independentemente do que tenha sido dito em público, Lula já afirmou que está trabalhando para tornar Alckmin seu vice. "Acho que a dimensão política disso não é aritmética. Setenta por cento de quem vai votar no Lula independe da escolha do vice. Mas ele também tem acesso ao pessoal do PSDB, ao eleitorado de São Paulo, que o elegeu para governador, então, ele traz votos a partir do nicho e da representação que tem", destacou.
Entre integrantes do PSB, o acerto teve avaliação positiva. O deputado Felipe Carreras (PE) disse que o ex-governador "será recebido de braços abertos". "O país atravessa um momento de radicalismo político, precisamos de força política para tirar Bolsonaro do governo, e o Alckmin tem essa visão", frisou. "Ele tem jogo de cintura, é uma pessoa de fácil diálogo. Será importante esse trânsito para o palanque em outubro. Vai ser bom para o PSB, para o PT e para o país", pontuou.
Candidata à Presidência pelo MDB, a senadora Simone Tebet (MDB) enfatizou que seu partido não apoiará Lula nem Bolsonaro. "Nesse cenário polarizado, o MDB deu como necessário ter candidatura própria. Tenho convicção de que não há possibilidade de nos alinharmos com nenhum deles", afirmou.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) classificou a união como "uma decisão com o fígado". "Antes, ele (Alckmin) falava uma coisa sobre Lula e o PT, e agora isso", reprovou, numa menção às críticas que o ex-governador fazia ao petista. "Acredito que ficará para a história como uma das grandes decepções do PSDB."
Já o deputado Evair de Melo (PP-ES) definiu como "falta de respeito". "Diz o ditado que 'quem se junta aos porcos está condenado a comer farelo'. É uma total falta de respeito com quem, um dia, achou que Alckmin fosse uma pessoa séria", disparou.
*Estagiário sob a supervisão de Cida Barbosa
Saiba Mais
Política
Tebet: "Como mulher, não vou abrir mão da minha pré-candidatura"
Política
Podemos abre processo de expulsão de Arthur do Val por falas sexistas
Política
Arthur do Val diz que ex o chamou de "playboy VillaMix" após áudio vazado
Política
Alckmin diz ter convergência com PSB, mas segue conversando com outros partidos
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.