INVESTIGAÇÃO

Moraes prorroga inquérito contra Bolsonaro por relacionar vacina da covid à Aids

Presidente Bolsonaro disseminou fake news em live afirmando que pessoas imunizadas contra o novo coronavírus podem desenvolver síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids)

Luana Patriolino
postado em 06/04/2022 17:40 / atualizado em 06/04/2022 17:40
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que apura a fake news divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, quando ele relacionou a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) à vacina contra a covid-19.

A decisão desta quarta-feira (6/4) atende a um pedido da Polícia Federal, feito pela delegada Lorena Lima Nascimento. A investigação foi aberta no dia 3 de dezembro de 2021. O magistrado também autorizou que a PF encaminhe ofício ao Google para que a empresa forneça, em até 10 dias, o vídeo da live de Bolsonaro com a afirmação polêmica.

Moraes decidiu abrir o inquérito atendendo a uma solicitação feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19. O ministro ressaltou ser preciso apurar a relação da fake news com a atuação de uma suposta organização criminosa investigada pelo STF e que envolve aliados do presidente.

Entenda

Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro leu, durante live semanal, duas notícias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que, baseados em inexistentes relatórios ‘oficiais’ do Reino Unido, afirmavam que pessoas com a imunização completa contra a covid-19 se tornavam mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).

Após divulgar a informação, que é uma inverdade, o presidente disse que não iria ler a íntegra da notícia para não sofrer sanções das redes sociais. "Não vou ler para vocês aqui, porque posso ter problemas com a minha live. Não quero que 'caia' a live. Quero dar informações concretas". O material foi retirado do ar pelo Facebook.

 

 

 

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