Escândalo na Educação

Planalto decreta sigilo em encontros de Bolsonaro com pastores lobistas do MEC

Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que a divulgação das informações poderia colocar em risco a vida do presidente Bolsonaro e familiares

Ingrid Soares
postado em 13/04/2022 14:11 / atualizado em 13/04/2022 14:14
Bolsonaro e Milton Ribeiro (à direita): vantagens para pastores -  (crédito: Alan Santos/PR)
Bolsonaro e Milton Ribeiro (à direita): vantagens para pastores - (crédito: Alan Santos/PR)

O Palácio do Planalto decretou sigilo sobre os encontros entre o presidente Jair Bolsonaro e os pastores lobistas do Ministério da Educação (MEC). A informação é do jornal O Globo.

A publicação solicitou, por meio da Lei de Acesso à Informação, a relação das entradas e saídas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, supostamente envolvidos no esquema, durante visitas no Palácio do Planalto, incluindo reuniões com o chefe do Executivo.

Instado, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do ministro Augusto Heleno, informou que a solicitação “não poderá ser atendida”, porque a divulgação das informações poderia colocar em risco a vida do presidente da República e familiares.

Em áudios divulgados pela imprensa, o até então ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou priorizar pastores aliados na liberação de recursos do Fundo Nacional da Educação (FNDE). Na gravação, Ribeiro ainda cita que o favorecimento é um pedido expresso de Bolsonaro. "Minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar."

Os pastores Gilmar e Arilton se reuniram com o presidente ao menos três vezes, no Palácio do Planalto, e uma, no Ministério da Educação, com a presença de Milton Ribeiro, e constam da agenda oficial do presidente. Porém, o GSI se recusou a informar as visitas dos religiosos registradas, que possam ter ficado fora da agenda, nas portarias do Planalto.

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