Eleição

Presidentes de 4 partidos marcam encontro para discutir chapa única

Presidentes de quatro partidos e pré-candidatos marcam encontro em São Paulo para discutir formação de chapa única

Vinicius Doria
postado em 22/04/2022 05:50 / atualizado em 22/04/2022 05:51
 (crédito: ASCOM/Simone Tebet)
(crédito: ASCOM/Simone Tebet)

Os presidentes dos partidos que costuram uma candidatura unificada do autodenominado centro democrático, e seus respectivos pré-candidatos, decidiram se encontrar na próxima segunda-feira, em São Paulo, para discutir a viabilidade dos nomes postos para compor chapa. Confirmaram presença os presidentes do PSDB, Bruno Araújo; do MDB, Baleia Rossi; do União, Luciano Bivar — que também é o nome da legenda para integrar a chapa única —; e do Cidadania, Roberto Freire (SP).


Os pré-candidatos João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB), além do ex-governador Eduardo Leite (PSDB), também vão participar do encontro. O ex-presidente Michel Temer, que tem mantido conversas com praticamente todos os pré-candidatos, também estará presente.


A reunião vai testar a resiliência de Doria em permanecer na disputa e o favoritismo de Tebet para encabeçar a chapa. Correndo por fora, Eduardo Leite é o “regra três” da terceira via, que pode substituir o ex-governador de São Paulo como candidato a vice em uma hipotética chapa liderada pelo MDB. Um dos fatores que serão levados ao debate do consórcio partidário é a formação de palanques regionais que deem sustentação à candidatura unificada e não atrapalhem os arranjos locais. Nesse aspecto, Tebet leva vantagem sobre Doria e Leite, em razão da baixa rejeição e da capilaridade do MDB, que tem estrutura montada na grande maioria dos municípios do país.


Doria vai à reunião pressionado, mas não enfraquecido. Pré-candidato escolhido em eleições prévias do PSDB, em novembro do ano passado, o ex-governador paulista sustenta sua pré-candidatura na legitimidade do processo de escolha e na defesa da democracia interna. Ontem, a assessoria do pré-candidato divulgou uma carta assinada por 73 juristas que defendem a legitimidade da pré-candidatura com base no resultado das prévias.


“Ninguém no partido ou fora dele tem autoridade para violentar os 34 anos de história da Social Democracia, para rasgar o estatuto ou para anular a decisão democrática, soberana e irrevogável dos filiados em função de interpretações pessoais e subjetivas sobre o quadro eleitoral, ou articulações desautorizadas com outros partidos políticos”, diz um trecho do manifesto.


A carta foi divulgada no mesmo dia em que circulou a informação de que Doria já teria sido “avisado” pela direção do partido de que não será o candidato da terceira via. O comando de campanha do ex-governador desconsiderou qualquer discussão nesse sentido.


Em um encontro com jovens de Heliópolis, a maior favela de São Paulo, o ex-presidente Lula deu uma estocada em Doria. “Qual é o critério que induz a pessoa eleger alguém que é uma pessoa que não tem passado, nem presente e certamente não tem futuro político?”, perguntou Lula. A resposta do tucano veio pelo Twitter: “Agradeço lembrança da minha vitória em 2016, Lula. Seguimos trabalhando para resolver os grandes problemas do Brasil: comida na mesa, emprego, dinheiro no bolso, sem esquecer, claro, do combate à corrupção. Sobre passado e futuro, vamos debater? Menos ódio, mais solução. Topa?”

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