Eleições

Bolsonaro diz que "pagou preço caro" por não se esconder durante pandemia

Cerimônia também serviu para Bolsonaro atacar governadores, incluindo Hélder Barbalho (PA), favorito à reeleição, e promover pré-candidato Zequinha Marinho

Deborah Hana Cardoso
postado em 28/04/2022 12:32 / atualizado em 28/04/2022 12:32
 (crédito: TV Brasil/Reprodução)
(crédito: TV Brasil/Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que, mesmo durante a pandemia da covid-19, ele não se escondeu: “Paguei um preço caro”. O chefe do Executivo discursou em tom de campanha, nesta quinta-feira (28/4), na cerimônia de entrega de títulos de terra em Paragominas, no Pará.

“Sempre estive no meio de vocês, mesmo durante a pandemia, nunca fechei uma casa de comércio, nunca me escondi, paguei um preço caro”, disse o presidente.

A frase é indireta aos governadores estaduais e às políticas de lockdown, implementadas durante a pandemia, um desvio às críticas que Bolsonaro sofre pelo retardo na vacinação nos estados — um dos motivos da instauração da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da covid-19 no Senado.

No Pará, o presidente não tem apoio do governador Helder Barbalho (MDB). A pesquisa Real Time Big Data, contratada pela Record TV e divulgada no último dia 18, mostra que Barbalho lidera com folga as intenções de voto, com 60%. Já o candidato de Bolsonaro, Zequinha Marinho (PL), contava com 7% das intenções de voto na data.

Durante a entrega de títulos, hoje, Bolsonaro esteve com o senador e pré-candidato ao governo paraense Zequinha. “Presidente, o maior objetivo de desejo do produtor paraense é título de terra, e estamos aqui comemorando isso. Quando o senhor chegou ao governo, o mundo mudou, aquilo que era proibido, dar título, ficou suspenso e começou um grande trabalho de regularização fundiária. Eu cumprimento o povo do agro paraense”, disse Zequinha.

“Hoje, vocês podem dizer que tem um presidente que acredita em Deus, que defende seus militares, que respeita a família e seu povo”, finalizou Bolsonaro aos presentes.

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