Eleições

Bolsonaro debocha de presença de observadores internacionais no pleito brasileiro

A declaração de Bolsonaro vem após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, dizer que pretende trazer ao Brasil mais de cem observadores de instituições internacionais para acompanhar o pleito de outubro

Agência Estado
postado em 19/05/2022 23:09 / atualizado em 19/05/2022 23:10
 (crédito: EVARISTO SA / AFP)
(crédito: EVARISTO SA / AFP)

O presidente Jair Bolsonaro debochou nesta quinta-feira, 19, da presença de observadores internacionais nas eleições brasileiras. "Podem botar 1 milhão de observadores nas eleições; vão observar o quê?", minimizou durante live transmitida nas redes sociais.

A declaração de Bolsonaro vem após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, dizer que pretende trazer ao Brasil mais de cem observadores de instituições internacionais para acompanhar o pleito de outubro. Ao falar sobre o assunto, o presidente da República voltou a falar na existência de uma "sala secreta" de apuração dos votos na Corte, algo já desmentido pelo tribunal. "Vão ter acesso ao código-fonte para ver qual é a apuração? Qual o conhecimento deles de informática?", questionou Bolsonaro.

A vinda de observadores internacionais é criticada pelo presidente, que tem feito ataques sistemáticos à lisura do processo eleitoral. Ele chegou a pressionar o Palácio do Itamaraty a colocar objeções para dificultar a entrada de observadores da União Europeia no País.

O presidente ainda afirmou que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro já estaria definida, com base em uma notícia de que o senador Jaques Wagner (PT) estaria conversando com embaixadores de outros países sobre a possível posse do petista.

"Jaques Wagner, conversando com embaixadores de outros países, para dizer como Lula vai tomar posse com apoio de outros países. Já definiram as eleições. Que negócio é esse? Tá definido quem é o presidente?", questionou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também foi alvo do presidente, que disse que cinco ministros da Corte seriam "favoráveis ao aborto".

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