MAIO AMARELO

PLs buscam reduzir letalidade e impunidade em crimes de trânsito

Os projetos, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), incluem a implementação de disciplinas específicas relacionadas ao assunto em cursos superiores de Direito

No mês de conscientização sobre os perigos no trânsito, Maio Amarelo, foram apresentados novos Projetos de Lei no Senado que visam reduzir a alta letalidade e a impunidade referente aos crimes cometidos nessa esfera. As propostas são de autoria do ex-diretor-geral do Detran do Espírito Santo, senador Fabiano Contarato (PT-ES).

A primeira proposta são aulas de Direito do Trânsito, que seriam incluídas nos cursos superiores de Direito. O parlamentar, que foi delegado de delitos de trânsito por mais de 10 anos, avaliou: “A maioria absoluta dos cursos de Direito não possibilita em sua grade curricular a disciplina de Direito do Trânsito. Com o projeto, haverá melhora na qualidade dos procedimentos policiais e administrativos, das ações e demandas judiciais, do serviço público e, especialmente, do atendimento de demandas que diariamente todos nós necessitamos”.

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Também foi exposto um PL que determina exame toxicológico obrigatório para condutores que possuam a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E perante processo para obtenção ou renovação do documento seja de responsabilidade do patrão, e não do funcionário. “O alto custo do exame prejudica os trabalhadores. Nossa proposta busca tornar a estrada mais segura e preservar a renda dos motoristas”, justificou o senador.

Outra proposição, com objetivo de reforçar a atuação da Defensoria Pública e do Ministério Público na defesa dos direitos individuais homogêneos, coletivos e difusos na esfera do trânsito, diz que essas duas instituições podem receber demandas sociais para a proteção e defesa dos direitos violados no sistema viário. Acrescenta também que ambas estariam aptas a tomar medidas judiciais.

Contarato alega que “a proposta reforça ao cidadão e à sociedade civil organizada um caminho transparente e acessível para recorrer aos órgãos competentes denunciando problemas e cobrando soluções ligadas ao trânsito”.

“Hoje, observamos que solicitações dos cidadãos, muitas vezes, não são atendidas ou respondidas. E as formas de acionar o Estado não são divulgadas de forma ampla para a sociedade”, afirmou.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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