Correio | Eleições 2022

Sabatina do Correio: Luiz Felipe D’Avila projeta possíveis reformas

"É inacreditável que a única formalização de relações trabalhistas seja a CLT, uma lei criada no governo Getúlio Vargas na metade do século XX, seguir regulamentando as novas" regras do trabalho do século XXI", disparou o pré-candidato

Raphael Felice
postado em 01/06/2022 05:58 / atualizado em 01/06/2022 05:59
 (crédito:  Minervino Júnior/CB)
(crédito: Minervino Júnior/CB)

Em participação na sabatina do Correio, o pré-candidato pelo Novo defendeu uma ampla agenda de reformas, como a trabalhista, e definiu como "inacreditável" a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ser o único modelo de formalização de atividade no Brasil. Segundo o presidenciável, o empregador e empregado precisam ter maior liberdade para negociar o contrato.

"É inacreditável que a única formalização de relações trabalhistas seja a CLT, uma lei criada no governo Getúlio Vargas na metade do século XX, seguir regulamentando as novas regras do trabalho do século XXI. Temos que avançar com a reforma trabalhista, fazendo aquilo que é negociado valer mais que o legislado, ou seja, ter mais livre acordo entre empregador e empregado", frisou.

D'Avila também defendeu as reformas tributária e administrativa. O sabatinado ressaltou a necessidade de simplificar os impostos e padronizar as regras tributárias do Brasil com o restante do mundo, além de entrar "o mais rápido possível" na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Para Felipe D'Avila, há "muita gordura" para enxugar os gastos públicos e criticou instrumentos como as emendas de relator. "O ranking World Economic Forum mostra que o Brasil é o 10º país do mundo em desperdício de dinheiro público, como as emendas de relator (orçamento secreto). Tudo isso é um mau uso do recurso público sem nenhum balizamento em dado, em evidência e em retorno social", criticou.

Defensor do liberalismo econômico e de uma menor participação do Estado na economia, D'Avila é a favor da privatização da Petrobras. Segundo ele, a alta nos preços dos combustíveis é oriunda do monopólio da Petrobras no setor de petróleo.

"Eu gosto de citar o exemplo de quando nós tínhamos a Petrobras da telefonia, a Telebrás, nos anos 90. Para conseguir uma linha telefônica, você tinha que ficar anos na fila, nós declarávamos no imposto de renda como um bem, como fosse um carro, de tão caro [...] e hoje todo brasileiro tem um telefone no bolso", lembrou.

"Portanto é óbvio que a privatização, quando é feita de forma criteriosa e não uma transferência do monopólio público para o monopólio privado, mas que gere o aumento da concorrência, quem ganha com isso é o povo", complementou.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.