Violência

Lira repudia assassinato de petista e pede paz na campanha eleitoral

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), manifestou-se nesta segunda (11/7) sobre assassinato de dirigente do PT em Foz do Iguaçu

Victor Correia
postado em 11/07/2022 15:57
 (crédito: Zeca Ribeiro/Agência Câmara)
(crédito: Zeca Ribeiro/Agência Câmara)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), divulgou nota, nesta segunda-feira (11/7), na qual repudia “qualquer ato de violência”, em especial aqueles com motivações políticas. O deputado também alertou que a campanha eleitoral ainda está no começo e pediu paz durante o processo. A manifestação ocorre um dia após o assassinato do dirigente do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, Paraná, pelo policial penal Jorge Jose da Rocha Guaranho.

“A Câmara dos Deputados repudia qualquer ato de violência, ainda mais decorrente de manifestações políticas. A democracia pressupõe o amplo debate de ideias e a garantia da defesa de posições partidárias, com tolerância e respeito à liberdade de expressão”, disse Lira na nota.

Marcelo Arruda foi assassinado na madrugada do domingo (10/7), ao comemorar seu aniversário de 50 anos na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, em Foz do Iguaçu. Ele era diretor do Sindicato de Servidores Públicos da cidade e tesoureiro do PT. A festa era temática do partido e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil do Paraná, o agressor chegou no local de carro e desceu armado, aos gritos de “aqui é Bolsonaro!”. Ele deixou o local, mas voltou 20 minutos depois e atirou duas vezes contra Marcelo Arruda, que revidou e também baleou Jorge. Ainda de acordo com o documento, nenhum presente conhecia o agressor e ele não havia sido convidado.

“A campanha eleitoral está apenas começando. Conclamo a todos pela paz para fazer nossas escolhas políticas e votar nos projetos que acreditamos. Esta é a premissa de uma democracia plena e sólida, como a nossa”, disse ainda Arthur Lira. O presidente da Câmara, porém, não citou o caso.

Outros parlamentares e presidenciáveis também se pronunciaram sobre o assassinato. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ontem (10/7) em suas redes sociais que “o assassinato de um cidadão, durante a comemoração de seu aniversário com a temática do candidato Lula, é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie”. 

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