General Santos Cruz sobre fala de Bolsonaro a embaixadores: 'Vergonha'

Ex-ministro de Jair Bolsonaro disse que reunião com embaixadores, na qual Bolsonaro acusou fraudes em eleições e criticou os ministros do STF, foi um "vexame"

Vinícius Prates* - Estado de Minas

postado em 19/07/2022 13:48

General é ex-ministro de Bolsonaro e já declarou que não irá apoiá-lo nas eleições de 2022 - (crédito: Marcos Corrêa/PR)

O ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro, General Santos Cruz (Podemos), usou as redes sociais para se pronunciar sobre o encontro do presidente Jair Bolsonaro com os embaixadores, nessa segunda (18/7). Para o militar, a reunião foi uma "vergonha para o Brasil".

Na declaração, Cruz afirmou que é um "absurdo" o Chefe do Executivo se reunir com embaixadores para falar "mal" do próprio país. "Vexame internacional jamais visto. É o Presidente da República denegrindo o próprio país. O Brasil não merece nem pode aceitar tal insanidade", declarou o militar em seu Twitter.

VERGONHA PARA O BRASIL - é um absurdo o Pres Rep reunir os embaixadores para falar mal do próprio país. Vexame internacional jamais visto. É o Pres Rep denegrindo o próprio país. O Brasil não merece nem pode aceitar tal insanidade.

— General Santos Cruz (@GenSantosCruz) July 19, 2022

A declaração foi dada após Bolsonaro fazer diversas acusações ao sistema eleitoral, como fraudes nas eleições de 2014 e 2018, informações já desmentidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e críticas aos ministros do Superior Tribunal Federal (STF).

Entenda todo o contexto

Com direito a um Power Point, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu na tarde desta segunda-feira (18/7) com embaixadores no Palácio da Alvorada. A intenção, segundo o presidente, foi a de mostrar a “realidade” das eleições de 2014 e 2018. O chefe do Executivo tem feito reiterados ataques às urnas eletrônicas, afirmando que houve fraude. A informação não é verdadeira, e inclusive já foi desmentida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Após a fala de Bolsonaro, o presidente do TSE, Edson Fachin, rebateu afirmando que "é hora de dizer um basta à desinformação e ao populismo autoritário".

*Estagiário com supervisão do subeditor Diogo Finelli.