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Bolsonaro recebe no Planalto irmão de petista assassinado em Foz do Iguaçu

Encontro acontece no Palácio da Alvorada, juntamente com o governador Ratinho Júnior, do Paraná, e o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ)

Ingrid Soares
postado em 20/07/2022 17:59 / atualizado em 20/07/2022 18:00
José é apoiador de Bolsonaro e não esteve presente na festa de aniversário do irmão.  -  (crédito: Sergio Lima / AFP)
José é apoiador de Bolsonaro e não esteve presente na festa de aniversário do irmão. - (crédito: Sergio Lima / AFP)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reúne no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (20/07), com José Arruda, irmão do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, assassinado no último dia 9 em Foz do Iguaçu. José chegou acompanhado do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) — responsável pelo telefonema à família após o crime — e do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). A agenda já dura pouco mais de uma hora.

José Arruda é apoiador do presidente Bolsonaro e não esteve presente na festa de aniversário de Marcelo Arruda, onde ocorreu o assassinato. No último dia 12, Bolsonaro fez uma chamada de vídeo com dois irmãos de Marcelo, Luiz e José de Arruda. Já a viúva de Arruda, Pâmela Suellen Silva, que não é apoiadora de Bolsonaro, não recebeu nenhum tipo de contato do governo. 


Marcelo foi morto a tiros no sábado (9/7) durante a própria festa de aniversário, de 50 anos, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo relatos, o atirador seria um apoiador do presidente que invadiu a festa gritando o nome do político. Jorge José da Rocha Guaranho é o agente penitenciário que, de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do estado, teria matado o guarda municipal. Ele está internado em estado estável em um hospital local.


Na semana passada, a Polícia Civil do Paraná concluiu investigação e disse que o assassinato não pode ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política. A reunião ocorre no mesmo dia em que o Ministério Público denunciou Guaranho pelo homicídio duplamente qualificado do petista.

Bolsonaro busca desassociar a imagem de casos de incentivo à violência em meio às eleições. No último dia 14, o chefe do Executivo disse que querer lhe imputar “essa história de discurso de ódio não cola”. Na data, ele também adiantou que um irmão de Arruda deveria vir à Brasília “nos próximos dias”. “Agora de manhã, estava o deputado Otoni de Paula comigo, ligou e um dos irmãos conversou comigo novamente, José Arruda. Ele deve nos visitar nos próximos dias”.



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