LINGUAGEM NEUTRA

Bolsonaro ironiza linguagem neutra na Argentina: 'Pobreze e desempregue'

O Ministério de Obras Públicas, do governo do presidente Alberto Fernández, vai começar a usar oficialmente a linguagem e a comunicação não sexista e inclusiva

Ana Mendonça - EM
postado em 03/08/2022 18:07
Jair Bolsonaro ironiza linguagem neutra nas redes sociais
 -  (crédito: Alan Santos/PR)
Jair Bolsonaro ironiza linguagem neutra nas redes sociais - (crédito: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a oficialização da linguagem neutra na Argentina, nesta quarta-feira (3/8). Para o chefe do Executivo federal, a única mudança provocada agora é “desabastecimente”, “probreze” e “desempregue”.

Declaração faz referência a situação econômica do país que vem sendo usada de exemplo pelo presidente de como o Brasil pode ficar caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao Planalto, volte ao poder.

“Lamento a oficialização do uso da "linguagem neutra" pela Argentina. No que isso ajuda o seu povo? A única mudança provocada é que agora há "desabastecimente", "pobreze" e "desempregue". Que Deus proteja os nossos irmãos argentinos e os ajude a sair dessa difícil situação”, escreveu Bolsonaro no Twitter.

O Ministério de Obras Públicas, do governo do presidente Alberto Fernández, vai começar a usar oficialmente a linguagem e a comunicação não sexista e inclusiva "como formas expressivas válidas em produções, documentos, registros e atos administrativos em todas as áreas". A decisão foi publicada no dia 28 de julho.

Para Bolsonaro, quem acredita que são essas pautas mais importantes para um povo precisa de “boa sorte”.

“Meu compromisso é o de seguir reduzindo a violência, criando um ambiente propício à geração de empregos, acelerando o crescimento da nossa economia e defendendo os valores sagrados da nossa pátria", acrescentou.

A linguagem neutra, também conhecida como linguagem não-binária, tem como objetivo evitar o uso dos gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade (masculino e feminino), de modo a tornar a comunicação mais inclusiva e menos sexista.

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