Eleições 2022

Haddad critica orçamento secreto em evento e rebate rejeição nas pesquisas

Fala ocorreu durante o Macro Day 2022, organizado pelo Banco BTG Pactual. Dados do Siga Brasil indicam que o governo federal utilizou R$ 7,4 bilhões no orçamento secreto às vésperas do prazo limite da legislação eleitoral

Raphael Pati*
postado em 18/08/2022 15:53 / atualizado em 18/08/2022 15:53
 (crédito: Daniel Ramalho/AFP)
(crédito: Daniel Ramalho/AFP)

O candidato ao governo do estado de São Paulo, Fernando Haddad (PT), criticou a atitude do governo federal, durante o Macro Day 2022, organizado pelo banco BTG Pactual, de utilizar 90% das emendas de relator às vésperas do prazo limite da legislação eleitoral.

“Nunca se viu na história desse país, um presidente, às vésperas da eleição, abrir um caminhão de dinheiro de R$ 6 ou R$ 7 bilhões. O orçamento secreto é ruim para todos nós”, criticou.

Dados do sistema Siga Brasil, do Senado, revelaram que o governo federal se comprometeu a pagar R$ 7,4 bilhões em emendas de relator entre os dias 13 de junho e 1º de julho, ou seja, às vésperas do prazo da limite da legislação eleitoral.

O candidato ainda rebateu o alto índice de rejeição nas pesquisas eleitorais. Ele utilizou como exemplo um dos principais adversários, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), também presente no evento, para explicar que os outros candidatos ainda não são tão bem conhecidos pela população quanto o petista.

“Nós vamos ouvir o Tarcísio agora e mais gente vai votar nele, e mais gente vai rejeitar ele. Isso é a democracia. o povo vai conhecê-lo” disse. Segundo a última pesquisa do Ipec para o governo do estado de São Paulo, divulgada na segunda-feira (15), Haddad lidera a rejeição com 32%.

Inovação em tecnologia

Durante o evento, o candidato também afirmou que pretende lançar um programa de inovação tecnológica estadual. “Quero criar um sistema estadual de inovação. O Brasil possui 50% do conhecimento científico do Brasil e São Paulo possui 50% da produção científica do país. Logo, São Paulo responde por 25% da produção científica de toda a América Latina”, afirmou.

“O estado tem que trabalhar nas duas franjas. Não existe inovação tecnológica se o estado não faz o papel de indutor. E a outra é reduzir a pobreza, o mercado não consegue por si só elevar a inovação tecnológica, ele precisa do estado para isso”, concluiu.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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