Mensagens golpistas

Malafaia sobre Alexandre de Moraes: "Quem vai parar esse ditador?"

Pastor Silas Malafaia atacou o presidente do TSE nesta tarça-feira (23/8), após operação da PF que visou empresários bolsonaristas que defenderam golpe em grupo

Victor Correia
postado em 23/08/2022 18:45 / atualizado em 23/08/2022 18:47
 (crédito: Reprodução/Youtube @Silas Malafaia Oficial)
(crédito: Reprodução/Youtube @Silas Malafaia Oficial)

O pastor Silas Malafaia, líder da neopentecostal Assembleia de Deus Vitória em Cristo, atacou nesta terça-feira (23/8) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou esta manhã que a Polícia Federal (PF) cumprisse mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresários que pregaram a realização de um golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições presidenciais. 

"Quem vai parar esse ditador? Ele coloca o Supremo Tribunal Federal (STF) de joelhos. Cadê o presidente do STF? O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), esse frouxo, covarde, sentado em cima de três milhões de assinaturas pedindo o impeachment desse camarada. Até onde nós vamos?", disse Malafaia, em vídeo divulgado em suas redes sociais. O pastor é um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PL), e atua ativamente em sua campanha para aumentar o voto evangélico do atual presidente. 

"Eu não prefiro golpe, mas se alguém prefere é opinião"

Em um grupo de mensagens, empresários apoiadores de Bolsonaro defenderam a realização de um golpe caso Lula vença as eleições de outubro. Foram alvos da operação desencadeada por Moraes: Afrânio Barreira Filho [Coco Bambu]; Ivan Wrobel [W3 Engenharia]; José Isaac Peres [Multiplan]; José Koury [Barra World]; Luciano Hang [Havan]; Luiz André Tissot [Sierra]; Marco Aurélio Raymundo [Mormaii]; e Meyer Joseph Nigri [Tecnisa].

Malafaia também criticou a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que, segundo o pastor, "não têm moral". Ele também afirmou que não há "crime de opinião" na Constituição Brasileira, e classificou as mensagens compartilhadas como "empresários fazendo comentários entre eles".

"Eu não prefiro golpe, mas se alguém prefere é opinião", disse Malafaia. "Quem vai parar esse sujeito inescrupuloso? A Constituição sendo rasgada o tempo inteiro. Que país é esse que você tem que tomar cuidado com o que vai falar porque as redes sociais estão policiadas? Nós estamos vivendo em Cuba? China?", questionou ainda o pastor.

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