Eleições 2022

Reunião com Moraes no TSE inclui coronel que questionou segurança das urnas

Encontro entre o ministro da Defesa e o presidente do TSE ocorreu nesta quarta-feira (31/8) e contou com a presença de técnicos militares e da corte eleitoral

Victor Correia
postado em 31/08/2022 14:27 / atualizado em 31/08/2022 14:27
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

reunião entre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Mores, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, nesta quarta-feira (31/8), incluiu técnicos da corte eleitoral e das Forças Armadas para discutir as eleições. Um dos presentes foi o coronel Marcelo Nogueira de Souza, que em julho afirmou durante audiência no Senado que não havia informações que comprovassem a segurança das urnas contra uma "ameaça interna".

"No que tange à vulnerabilidade interna, até o momento a gente não tem disponível documentação que nos leve a formar uma opinião conclusiva que a solução é segura em relação a uma ameaça interna", disse o coronel durante audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, realizada em 14 de julho. Na mesma fala, Nogueira de Souza reconheceu ainda haver um grande nível de proteção das urnas contra ameaças externas.

Lacração dos sistemas

Durante a sessão, da qual participou também o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o coronel afirmou que as urnas eletrônicas estão vulneráveis a "códigos maliciosos" que podem alterar seu funcionamento, e defendeu mudanças no procedimento de testagem dos equipamentos. Marcelo Nogueira de Souza também chefiou a equipe que inspecionou o código-fonte das urnas entre os dias 3 e 19 de agosto.

Até o momento, os militares não apresentaram relatório sobre a inspeção do código. Nesta sexta-feira (2/9) será realizada uma cerimônia pública para lacração dos sistemas, a partir da qual não será mais possível interferir com o sistema das urnas. Não há registros de fraudes nos equipamentos desde sua implantação, em 1996. 

No encontro de hoje participaram também o general Rodrigo Vergara, o secretário de tecnologia do TSE, Júlio Valente, e o secretário geral do TSE, José Levi. A participação de técnicos das Forças Armadas foi sugerida pelo ministro da Defesa.

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