O empresário Felipe D’Avila, candidato à Presidência da República pelo partido Novo, defendeu a importância do teto de gastos para as contas nacionais, mas relatou que manterá o auxílio de R$ 400. O orçamento foi discutido durante na edição desta sexta-feira (2/9) do CB.Poder, programa realizado pelo Correio em parceria com a TV Brasília.
O presidenciável disse que não há margem para aumento dos gastos públicos e que as propostas dos candidatos não detalham a viabilidade da ajuda financeira. “A grande diferença da minha campanha para as demais é que todos prometem mais gasto público e ninguém diz onde vai cortar. Isso chama-se demagogia, populismo. Porque se aumentar R$ 600, quem você vai tirar do orçamento?”, questionou D’Avila.
O presidenciável também destacou que o limite orçamentário é “fundamental” para equalizar a relação Dívida/Produto Interno Bruto (PIB) e evitar a alta nos juros. “Vai mostrar para o mundo essa estabilização da dívida quanto ao PIB. Se não tivermos essa relação estabilizada, ninguém (países) acredita que o Brasil vai equilibrar o orçamento no médio prazo. Isso vai trazer uma alta de juros, o maior inimigo do investimento no país”, argumentou D’Avila.
Um dos principais temas atrelados ao limite orçamentário para 2023 é a possibilidade de ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600, que hoje é R$ 400. Seguindo a promessa do Presidente Jair Bolsonaro (PL), o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2023, prevê despesas de R$ 5,2 trilhões e estima um gasto de R$ 105,7 bilhões com o auxílio no ano que vem.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também prometeu que fará o repasse de R$ 600 à população, sendo que o acréscimo de R$ 200 elevaria essa despesa em R$ 52 bilhões.
"Melhor programa social se chama emprego"
O candidato do Novo salientou ser necessário manter o valor de R$ 400, mas disse que é preciso “focalizar os programas sociais''. “O único jeito de reduzir a miséria no Brasil é a focalização dos programas. A ideia é focar nos mais pobres para realmente ser uma ajuda para essas pessoas saírem da condição de miséria.”
“O melhor programa social se chama emprego e, para ter emprego, a economia precisa retomar. Mas não vai retomar a economia enquanto não retomamos a confiança no país, abrir a economia e dar sinais claros de que o Brasil é um país confiável”, emendou o postulante ao Palácio do Planalto.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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