Na ONU

Bolsonaro diz que 7 de Setembro foi "maior demonstração cívica da história"

Ao finalizar discurso na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (20/9), presidente Bolsonaro citou os atos cívico-militares e políticos ocorridos no dia 7 de setembro em todo o Brasil

Ingrid Soares
postado em 20/09/2022 14:10 / atualizado em 20/09/2022 14:11
 (crédito: TIMOTHY A. CLARY / AFP)
(crédito: TIMOTHY A. CLARY / AFP)

Ao finalizar o discurso na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (20/9), o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou os atos cívico-militares e políticos ocorridos no 7 de Setembro em todo o Brasil. Segundo o chefe do Executivo, milhões de brasileiros foram às ruas convocadas por ele, na “maior demonstração cívica da história”.

“Neste 7 de setembro, o Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira”, bradou. Bolsonaro, por outro lado, segue impossibilitado de usar imagens da data para fins de campanha política. E terminou a fala citando o slogan “Deus, Pátria, família e liberdade”, que tem usado em suas campanhas. “Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade.”

Apesar da separação física entre os desfiles e as manifestações pró-governo, o chefe do Executivo se apropriou do ato cívico causando confusão entre o que seria um ato festivo pelo Brasil e um comício de campanha. Em Brasília, ainda que o desfile de comemoração do Bicentenário não representasse viés eleitoreiro, não faltaram ecos de “Deus, Pátria, Família e Liberdade“ e bordões contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”, por parte dos apoiadores que trajavam verde e amarelo.

Ao fim do desfile, o presidente subiu em um carro de som ao lado do vice de sua chapa à reeleição, o general da reserva Walter Braga Netto adotou um tom eleitoreiro citando a data das eleições em outubro. Bolsonaro ainda voltou a acenar à base eleitoral ao repetir defesa contra o aborto, a legalização das drogas e ideologia de gênero. Também destacou a queda no preço da gasolina, melhoras na economia e programas sociais como o aumento do Auxílio Brasil. Sem citar o adversário Lula, Bolsonaro teceu críticas aos governos anteriores.

O presidente voltou a falar em uma “luta do bem contra o mal” — mal este que, segundo ele, “perdurou por 14 anos, nosso país, que quase quebrou a nossa Pátria e que agora deseja voltar à cena do crime. Não voltarão", afirmou na ocasião.

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