Eleições 2022

Ciro: Lula financia "gabinete do ódio" e PT lidera "fascismo de esquerda"

Presidenciável participou nesta quarta (21/9) de sabatina organizada pelo jornal Estadão e pela Faap

Victor Correia
postado em 21/09/2022 14:02 / atualizado em 21/09/2022 14:21
 (crédito: Reprodução/Twitter @cirogomes)
(crédito: Reprodução/Twitter @cirogomes)

O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira (21/9) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) financia um "gabinete do ódio" com "muito dinheiro roubado" e que o Partido dos Trabalhadores lidera um "fascismo de esquerda" no Brasil. As falas foram dadas em resposta ao esforço da campanha petista para atrair o voto útil dos eleitores do pedetista.

"Sim, há um fascismo de esquerda no Brasil, liderado pelo PT. Eles estão querendo simplificar, de uma forma absolutamente dramática, o debate e querem simplesmente aniquilar alternativas. Isso é uma tragédia para o Brasil", disse Ciro, pouco antes de sua participação em sabatina organizada pelo jornal Estadão e pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), ao ser questionado sobre os esforços da campanha de Lula para atrair seus eleitores em prol de uma vitória no primeiro turno.

'Voto Caetano Veloso'

O presidenciável também citou que um terço dos eleitores do ex-presidente escolheram Lula apenas para tirar o atual presidente da cadeira. "É o cara que vai tirar o [Jair] Bolsonaro (PL) e sua falta de educação, sua grosseria, seu banditismo. A razão não é o Lula, nem a proposta do Lula, nem o dia seguinte. É o 'voto Caetano Veloso': boas pessoas, mas que estão com a vida ganha. Quem está preocupado com o dia seguinte é quem não tem plano de saúde. É quem não tem como pagar mensalidade escolar. É quem está submetido ao terrorismo das facções criminosas nas periferias", afirmou Ciro.

Uma das principais estratégias da campanha do ex-presidente na reta final para o primeiro turno é atrair o voto útil dos eleitores de Ciro e da senadora Simone Tebet (MDB), tentando derrotar Bolsonaro já em 2 de outubro.

Aliados de Lula falam abertamente sobre a estratégia. "Se vocês souberem de alguém que quiser votar no 15 [número de Tebet] ou no 12 [número de Ciro], digam que eles têm esse direito, mas que, se o fascismo ganhar, eles não terão esse direito no futuro", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), coordenador de campanha do petista, em comício no último sábado (17).

Lula financia um "gabinete do ódio"

Ciro Gomes também atacou as críticas por estar beneficiando a campanha de Jair Bolsonaro. Vídeos do pedetista com críticas a Lula circulam nas redes bolsonaristas, e o candidato vem sendo acusado de atuar como "linha auxiliar" do candidato à reeleição.

"Isso é o que o gabinete do ódio que o Lula financia a custo de muito dinheiro roubado tem produzido no Brasil", disse o presidenciável. "Nunca fiz nenhum elogio a Bolsonaro. Eu fui às ruas pelo impeachment. Eu assinei três pedidos de impeachment contra o Bolsonaro. Eu fui à corte de Haia representar contra o caráter genocida do Bolsonaro. Sabe quem deu o voto decisivo para manter o orçamento secreto? O PT. O Lula salvou o Bolsonaro e só se explica a sobrevida do Bolsonaro porque o Lula o salvou. O Lula mandou a tropa de choque dele me agredir fisicamente aqui na Avenida Paulista [em São Paulo]", completou Ciro, citando episódio em outubro do ano passado em que manifestantes ligados ao PT jogaram objetos contra ele durante manifestação.

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