Um dia após Neymar Jr declara apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição no pleito deste domingo (2/10), o ex-camisa 7 da seleção brasileira Robinho usou as redes sociais, nesta sexta-feira (30/9), para declarar voto no chefe do Executivo.
No Instagram, o ex-jogador e condenado por estupro pela Justiça da Itália publicou uma foto em que está com o uniforme da seleção, da época em que representou o Brasil em partidas internacionais entre 2003 e 2017, e faz sinal de paz com as mãos.
O gesto é entendido, também, com o número 22 e uma referência ao número de Bolsonaro nas runas — o que foi deixado claro por Robinho na legenda. “22”, escreveu ele ao lado de um emoji da bandeira do Brasil.
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O ex-jogador desabilitou a função de comentários da publicação, o que proíbe outros usuários de deixar mensagens no post. A mesma foto e legenda também foram replicadas no story do atleta, também no Instagram. É a primeira publicação no feed que o jogador faz desde 31 de dezembro de 2021.
Condenado em última instância por estupro contra uma mulher albanesa cometido em 2013 em Milão, Robinho mora no Brasil desde a condenação em segunda instância, em dezembro de 2020. Em fevereiro de 2021, encerrou o contrato com o Santos, onde voltara a jogar em meio a críticas sobre o crime cometido na Europa, e anunciou a aposentadoria.
Em fevereiro deste ano, uma ordem de prisão internacional emitida pelo Ministério Público de Milão dificultou o ir e vir do jogador. Por esse motivo, ele não pode deixar mais o país, sem sofrer a consequência de ser preso e encaminhado à Itália para cumprir a pena. A Constituição Brasileira não permite a extradição dos cidadãos para outros países.
Entenda a condenação
Em 19 de janeiro, Robinho sofreu a última derrota na Justiça italiana ao tentar se livrar de uma condenação de nove anos de prisão por estupro contra uma mulher albanesa, caso que ocorreu em 22 de janeiro de 2013 em uma boate de Milão. Robinho estava na boate Sio Cafe para comemorar o aniversário com alguns amigos.
A Corte de Cassação de Roma rejeitou o recurso apresentado pelo ex-atacante do Santos e o amigo, Ricardo Falco. O processo chegava, enfim, a uma decisão sólida após seis anos. Durante a caminhada judicial, conversas de Robinho com conhecidos vazaram.
Uma delas mostra o jogador falar que “não estava nem aí” com a possibilidade de condenação judicial, e que “a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.
Em 2017, ele foi condenado em primeira instância e, em dezembro de 2020, teve a sentença confirmada em segunda instância. O juiz, na época, afirmou que ele e outros amigos presentes no local embebedaram a vítima “a ponto de deixá-la inconsciente e incapaz de resistir” e depois tiveram “relações sexuais várias vezes seguidas” com ela.
Para o juiz que deu a sentença, ele agiu com "desprezo especial pela vítima, que foi brutalmente humilhada”.
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