FAKE NEWS

TSE confirma decisão de ministro sobre investigação de rede de fake news

Documento também cita suposta participação do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro

Luana Patriolino
postado em 20/10/2022 15:58 / atualizado em 20/10/2022 16:01
 (crédito: Antonio Augusto / SecomTSE)
(crédito: Antonio Augusto / SecomTSE)

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, nesta quinta-feira (20/10), a decisão do ministro Benedito Gonçalves, que decidiu abrir uma investigação para apurar a existência de uma suposta “rede de produção de desinformação”. Segundo o magistrado, o objetivo dos envolvidos é favorecer o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gonçalves citou indícios de uma atuação “massificada” para disseminar fake news contra o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com possível participação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do chefe do Executivo.

Na decisão, o corregedor da Justiça eleitoral determina que o vereador apresente, em até três dias, uma defesa sobre o uso político de seus perfis na internet. Gonçalves ainda suspendeu, até 31 de outubro, a monetização de canais e vetou a exibição de um documentário intitulado Quem mandou matar Jair Bolsonaro?, produzido pelo site Brasil Paralelo. O vídeo cria teorias e fala sobre a facada que o então candidato à Presidência sofreu em 2018, na cidade de Juiz de Fora (MG).

A lista de pessoas a serem investigadas inclui o próprio presidente Bolsonaro. A decisão atende a um pedido da campanha de Lula. Eles apresentaram ao TSE um pedido de investigação a respeito de um suposto "ecossistema de desinformação" promovido pelo chefe do Planalto — candidato à reeleição — e seus apoiadores.

Veja como se posicionou cada ministro

  • Raul Araújo — Divergiu em parte do relator e foi contrário à suspensão do documentário do Brasil Paralelo.
  • Sergio Banhos — Acompanhou o ministro Raul Araújo.
  • Carlos Horbach — Divergiu totalmente do relator. Segundo ele, não há elementos para embasar a decisão. "Se encontra ausente a plausibilidade jurídica, não se encontra patente a possibilidade do direito buscado", disse.
  • Ricardo Lewandowski — Acompanhou o relator. "Nós todos estamos cientes de que estas atitudes que agridem a legislação eleitoral vão se repetir", ressaltou.
  • Cármen Lúcia — Acompanhou o relator.
  • Alexandre de Moraes — Acompanhou o relator e afirmou que a decisão ainda poderá ser revista.

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