O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou a empresários nesta quarta-feira (26/10), em Belo Horizonte, que o ex-ministro e banqueiro Henrique Meirelles, cogitado como seu sucessor no cargo em um eventual governo do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "nem economista é".
"O (teto de gastos) é tão mal construído que o (ministro) não é nem economista. O ministro ai que tão falando que vai ser do Lula, o (Henrique) Meilrelles. Nem economista é."
Saiba Mais
- Política Servidor foi exonerado por "reiteradas práticas de assédio moral", diz TSE
- Política Poderdata: Lula tem 49%; Bolsonaro 44%
- Política Guedes rebate provocação: 'o ladrão tá chegando'
- Política Senado Federal aprova R$ 2 bilhões para Santas Casas
- Política Deputado de Goiás: 'Se Lula vencer vou para rua e vou empunhar uma arma'
Após a declaração, o seu discurso foi interrompido por uma salva de palmas do público presente.
Meirelles foi presidente internacional do BankBoston, presidente do Banco Central do Brasil durante o governo do ex-presidente Lula e ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Michel Temer.
Guedes participa de um debate sobre o cenário econômico nacional com empresários do setor produtivo de Minas Gerais. O evento também reuniu representantes do governo de Romeu Zema (Novo).
O encontro, realizado no Minascentro, na região Centro-Sul da capital mimeira, é organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais em parceria com outras entidades, tais como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).
O evento com o ministro da Economia acontece na reta final da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, que também está em Minas Gerais nesta quarta-feira. Ontem (25/10), o candidado a vice na chapa, Walter Braga Netto, cumpriu agenda no estado.
Guedes nega redução do salário mínimo
Na semana passada, o deputado federal André Janones (Avante) acusou o governo Bolsonaro de propor a redução do valor do salário mínimo, de aposentadorias, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pensões. Paulo Guedes rebateu as acusações.
Nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, o ministro voltou a desmentir a informação durante o encontro com os empresários mineiros.
"Se nós demos aumentos para salário mínimo e aposentadoria durante a tragédia e a guerra, o que nós vamos fazer agora que a pandemia foi embora? Vamos dar aumento acima da inflação. Então é fake news que nós não vamos dar aumento".
IR sem dedução de gasto
O Ministério da Economia elaborou uma proposta defendendo o fim dos descontos no Imposto de Renda com gastos em despesas médicas e educação. De acordo Guedes, o Ministério não pretende acabar com as deduções e disse que a medida é "totalmente descabida de fundamento".
No entanto, um documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que dez páginas foram elaboradas pela equipe da área fiscal do ministério após o primeiro turno.
Ainda segundo o Estadão, o documento e os anexos com sugestões das mudanças foram elaborados pela equipe da área fiscal, sem aval do ministro. Dentre as principais propostas, os técnicos preveem que só a anulação da dedução das despesas médicas pode levar a uma economia de R$ 24,5 bilhões no ano.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Saiba Mais
- Esportes Inter goleia Plzen, se classifica e elimina Barcelona da Liga dos Campeões
- Política Guedes rebate provocação: 'o ladrão tá chegando'
- Política Senado Federal aprova R$ 2 bilhões para Santas Casas
- Esportes Confrontos diretos esquentam a quinta rodada da Liga Europa
- Política Deputado de Goiás: 'Se Lula vencer vou para rua e vou empunhar uma arma'
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.