Mais denúncias de operações da PRF surgem no Rio de Janeiro e no Pará

Alexandre de Moraes decretou que se parem "imediatamente" as operações, caso contrário aplicará multa pessoal ao diretor da PRF de R$ 100 mil por hora, ele será afastado do cargo e preso por crime eleitoral e desobediência

Tainá Andrade

postado em 30/10/2022 15:07 / atualizado em 30/10/2022 15:15

(crédito: Reprodução/Redes sociais)

Eleitores no Rio de Janeiro também flagraram, neste domingo, operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizadas na ponte Rio-Niterói. De acordo com eles, a ação tem gerado um trânsito que pode ser parte de uma tentativa de atrasar os cidadãos de chegarem até os locais de votação.

Em uma das postagens, a pessoa fala que o Exército estava fazendo a operação em conjunto com a força policial.

“Acabei de ver o Exército junto com a PRF fazendo uma blitz depois do pedágio que está causando um engarrafamento enorme na Ponte Rio-Niterói”, escreveu no Twitter.

Outro eleitor questionou se a ação, que estava causando trânsito, poderia ser uma tentativa de impedir os votos, já que no primeiro turno Lula foi vencedor na região. “Em Niterói, Lula ganhou no primeiro turno. Estariam tentando impedir ou atrapalhar eleitores?”, indagou.

No Norte do país também surgiram relatos sobre a dificuldade de exercer o direito ao voto. Um vídeo mostra uma confusão, em um terminal rodoviário, onde um rapaz de camisa vermelha gesticula no meio de policiais.

“Em Barcarena-Pa, os eleitores trajados de vermelho estão sendo impedidos de comprar passagem para vir a Belém votar. Um absurdo!”, denunciaram na postagem.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, decretou ontem a suspensão de todas as operações da PRF no dia de hoje. Com as denúncias, o ministro mandou que seja interrompida “imediatamente” as operações.

Caso o diretor da corporação, Silvinei Marques, não cumpra a ordem, terá que pagar multa de R$ 100 mil a cada hora e será afastado da diretoria, além de ser preso em flagrante por desobediência e crime eleitoral.