Eleições 2022

CNTTL repudia bloqueios de rodovias por caminhoneiros bolsonaristas

Em vídeo divulgado nesta manhã (31/10), o diretor da entidade e caminhoneiro autônomo Carlos Alberto Litti Dahmer classificou as ações como "antidemocráticas"

Victor Correia
postado em 31/10/2022 12:05 / atualizado em 31/10/2022 12:07
 (crédito: Reprodução/Youtube @CNTTL)
(crédito: Reprodução/Youtube @CNTTL)

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) repudiou, nesta segunda-feira (31/10), os protestos de caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que fecharam estradas em 11 estados e pedem intervenção militar. O diretor da entidade e caminhoneiro autônomo Carlos Alberto Litti Dahmer classificou a ação como "antidemocrática".

"A CNTTL defende, acima de tudo, a democracia. Ou seja, respeita o resultado soberano das urnas", diz a entidade em nota divulgada à imprensa.

Grupos de bolsonaristas passaram a fechar trechos de rodovias pelo país logo após o resultado da apuração das urnas, na noite de ontem (30/10). Segundo levantamento da Abrava, associação liderada pelo caminhoneiro Wallace Landim, o Chorão, há no momento 63 relatos de bloqueios nas estradas brasileiras. Assim com a CNTTL, a Abrava também repudiou a ação, assim como a Frente Parlamentar Mista em defesa dos Caminhoneiros Autônomos.

Antes do pleito, caminhoneiros apoiadores de Bolsonaro divulgaram nas redes vídeos nos quais anunciavam os bloqueios em caso de vitória de Lula.

"Vivenciamos uma ação antidemocrática de alguns segmentos que não representam a categoria dos caminhoneiros autônomos de não aceitação do resultado das urnas. Precisamos respeitar o que o povo decidiu nas urnas: a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Esse projeto que está foi derrotado ontem", enfatiza Dahmer.

O diretor da CNTTL reforçou, em vídeo, que a pauta dos caminhoneiros autônomos não é política, mas sim econômica. "Os 800 mil caminhoneiros autônomos e celetistas da nossa base da CNTTL continuarão a luta pela volta da aposentadoria aos 25 anos de trabalho, pela consolidação do Piso Mínimo de Frete, pela criação de pontos de parada e descanso, pela redução do preço do combustível e pela defesa da Petrobras. Essa luta é permanente", disse Dahmer.

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