Eleições 2022

Kátia Abreu para Mourão: 'Aceitaria impugnar as urnas do primeiro turno?'

Senadora criticou posicionamento do vice-presidente da República, que endossou dúvidas sobre urnas levantadas por relatório do Partido Liberal

Bernardo Estilac - Estado de Minas
postado em 24/11/2022 19:59 / atualizado em 24/11/2022 19:59
Senadora criticou Mourão, que reforçou discurso de dúvidas sobre urnas eletrônicas -  (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Senadora criticou Mourão, que reforçou discurso de dúvidas sobre urnas eletrônicas - (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A senadora Kátia Abreu (PP-TO) questionou se o vice-presidente Hamilton Mourão (PL-RS) aceitaria a impugnação das urnas do primeiro turno após o general, eleito senador pelo Rio Grande do Sul neste ano, questionar o pleito e criticar a reação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao relatório apresentado pelo PL nesta semana.

Kátia Abreu, que integra a equipe de transição do governo Lula, ainda ironizou o posicionamento de Mourão sugerindo que o pronunciamento do senador eleito seja um posicionamento favorável a Bolsonaro.

“General vc (sic) aceitaria impugnar as urnas do primeiro turno ? Ou só do 2°. O senhor mudou muito. Este inconformismo por quem te tratou com tanto desprezo o mandato todo. Quem diria”, escreveu a senadora.

No tweet, Kátia reproduziu publicação em que Mourão escreve: “Vive-se hoje, nacionalmente, uma polêmica justificada em função da questão da confiabilidade das urnas eletrônicas e das ações contundentes e exacerbadas do TSE. O recente recurso do PL, protocolado mais de 20 dias depois da proclamação oficial dos resultados das eleições, não dá ao TSE o direito de rejeitá-lo peremptoriamente e extrapolar, mais uma vez, por intermédio de multa absurda e inclusão dos demandantes em inquérito notadamente ilegal. Supressão discricionária do direito de recorrer e sanções desproporcionais configuram vingança, tudo que o país não precisa neste momento”.

Nesta semana, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fez duas coletivas de imprensa para tratar sobre um relatório do partido que apontou inconsistências em urnas fabricadas até 2015, que impossibilitaria uma auditoria completa da eleição.

A legenda ainda apresentou uma informação dizendo que Lula venceu nas urnas em que os problemas foram observados e que Bolsonaro venceu nos equipamentos fabricados após 2020.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, reagiu rapidamente às coletivas do PL e pediu que o partido incluísse também os resultados do primeiro turno no relatório. Na votação de 2 de outubro, a legenda conseguiu formar maioria no Senado e na Câmara dos Deputados.

Na quarta (23/11), o PL respondeu se recusando a incluir o primeiro turno na análise. Moraes então negou o pedido de anulação das urnas e ainda determinou uma multa de R$ 22,9 milhões ao partido.

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