Desafios 2023

Cláudia Costin indica elementos que tornarão a educação prioridade no país

Entre os pontos, o principal é investir na formação de professores da educação básica, para tornar a profissão mais atrativa e seletiva

Tainá Andrade
postado em 15/12/2022 19:43 / atualizado em 15/12/2022 20:27
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Cláudia Costin, diretora do Centro de Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avalia que para alcançar uma qualidade na educação brasileira, que seja sustentável, em um curto prazo, o governo terá que investir financeiramente. Dentre todos os custos, o maior será com a educação básica, que trará como consequência a valorização da profissão de professor.

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“A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) gasta mais do dobro que a gente em educação básica per capita, no ensino superior gastam bem menos do que a gente gasta, porque o que custa caro lá e aqui é pagar bem os professores, é tornar a profissão de professor da educação básica mais atrativa”, explicou.

  • Participação do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no painel especial sobre credibilidade para o crescimento durante o seminário ‘Desafios 2023 — o Brasil que queremos’ Khalil Santos/CB/D.A. Press
  • Seminário 'Desafios 2023 - o Brasil que queremos', promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto, Zeina Latif, economista. Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Seminário 'Desafios 2023 - o Brasil que queremos', promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto, Jorge Arbache, vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Seminário 'Desafios 2023 - o Brasil que queremos', promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto (e/d), Tony Volpon, Vicente Nunes e Jorge Arbache. Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, abre o seminário ‘Desafios 2023 — o Brasil que queremos’, promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto, Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset. Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, abre o seminário ‘Desafios 2023 — o Brasil que queremos’, promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto, Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset. Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, abre o seminário ‘Desafios 2023 — o Brasil que queremos’, promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto, Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset. Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Seminário ‘Desafios 2023 — o Brasil que queremos’, promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto, o correspondente internacional, Vicente Nunes. Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Seminário 'Desafios 2023 - o Brasil que queremos', promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto, José Roberto Afonso, economista e um dos pais da Lei de Responsabilidade Fiscal. Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Seminário 'Desafios 2023 - o Brasil que queremos', promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções. Na foto, José Roberto Afonso, economista e um dos pais da Lei de Responsabilidade Fiscal. Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
  • Juliana Damasceno, economista da Tendências Consultoria participou do primeiro painel do seminário ‘Desafios 2023 — o Brasil que queremos’, que discutiu responsabilidade fiscal e social Reprodução/Youtube Correio Braziliense
  • Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, abre o seminário ‘Desafios 2023 — o Brasil que queremos’ Reprodução/Youtube Correio Braziliense

A especialista destaca que o cálculo se dá porque o país está em uma transição demográfica em que se tem muitas crianças e jovens adultos na escola. “Os países que gastam menos que nós estão em outro estágio na transição demográfica deles, nós estamos ainda em um momento diferente, temos muitas crianças e jovens adultos na escola”, ressaltou.

A diretora elenca prioridades para reforçar a qualidade da profissão, entre elas destacou a melhoria da formação dos professores com maior conexão entre teoria e prática no próprio curso. Além disso, é importante tornar a profissão de professor mais atrativa e ao mesmo tempo mais seletiva.

“Nós formamos médicos em contato quase cotidiano com a prática, tem teoria e prática. Ser professor de educação básica não é considerado uma profissão, a gente acha que ensinar história da educação, sociologia e filosofia são pontos importantes, são suficientes. Não são, ninguém formaria um médico assim”, comparou.

Nas questões práticas da profissão, a especialista frisa que a qualidade da educação é adquirida na expansão da carga horária do ensino nas escolas — saindo de três a quatro horas aula para sete a nove horas — e na exclusividade do professor na escola. Cláudia indica que, com a exclusividade, o profissional conseguirá ter outros tipos de interação que levará o aluno a se desenvolver de forma mais sistêmica.

“Mentoria, discutir com aluno seus sonhos, transformar esses sonhos em projeto de vida, ensinar esse aluno que o que aprende na escola é instrumental para construir, empreender sua vida futura. Ninguém vira empreendedor se não aprender a empreender a própria vida. Com isso, podemos pensar em um Brasil diferente, baseado em pessoas formadas para serem autônomas e solidárias ao mesmo tempo”, indicou.

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