Congresso

Câmara ouve general Heleno sobre escalada da violência pela extrema-direita

Chefe do GSI foi convocado a comparecer nesta quarta (7/12) em sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CCFC). "Os fatos do dia 7 de setembro foram muito tranquilos", declarou Augusto Heleno

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CCFC) da Câmara recebe na manhã desta quarta-feira (7/12) o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, para prestar esclarecimentos sobre “ataques ao 7 de Setembro” e a escalada da violência pela extrema-direita.

Heleno foi convocado após pedido do 1º vice-presidente da Comissão, deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). No fim de novembro, o chefe do GSI foi convidado a comparecer à Comissão para falar sobre supostas interferências na Polícia Federal em uma investigação envolvendo o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, mas não compareceu por motivos de saúde, segundo o mesmo.

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“Felizmente, contrariando alguns prognósticos pessimistas, os fatos do dia 7 de setembro foram muito tranquilos, conduzidos de forma democrática, de forma muito controlada. Absolutamente dentro dos padrões de uma manifestação que ocorre em qualquer país democrático do mundo”, declarou Heleno em seu discurso de abertura.

O deputado Elias Vaz (PSB-GO) questionou o chefe do GSI sobre os casos recentes de dois militares ligados ao Gabinete que participaram de manifestações antidemocráticas, que pediam a instauração de um golpe militar, e defenderam uma intervenção também em suas redes sociais.

“Isso está tudo dentro de um contexto que nós temos que analisar do comportamento seja das Forças Armadas, seja do GSI, que o senhor [Heleno] comanda, com relação ao respeito à democracia”, disse Vaz.

Sistema eleitoral

Augusto Heleno, por sua vez, ressaltou que o casos dos militares não estavam incluídos na pauta da convocação, mas afirmou que eles já saíram do GSI e voltaram para suas respectivas forças. Segundo o ministro, a responsabilização dos militares não cabe ao Gabinete. Ele também voltou a jogar dúvidas sobre o sistema eleitoral, contra o qual, até o momento, não foram apresentadas provas concretas de fraude ou irregularidades.

“Estou dentro de um contexto onde muitos não reconhecem o resultado eleitoral e estamos esperando a solução a algumas coisas que foram pleiteadas e ignoradas pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e pelo próprio STF [Supremo Tribunal Federal]”, afirmou Heleno.

Aliados de Bolsonaro na Câmara, por sua vez, defenderam o general e as manifestações golpistas que ocorrem pelo país, além de questionar o resultado das eleições. “O Senado, ali do outro lado da rua, deveria pautar os pedidos de impeachment que, porventura, não estejam pisando dentro das quatro linhas da Constituição”, declarou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

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