Meio Ambiente

Belém é escolhida para sediar COP 30 em 2025, diz governador

Governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) disse ainda que "o Brasil não precisa derrubar uma árvore sequer para continuar sendo protagonista na segurança alimentar do Brasil e do planeta"

Ingrid Soares
postado em 11/01/2023 12:50
 (crédito: Erasmo Salom?o/MS)
(crédito: Erasmo Salom?o/MS)

O governador do Pará e presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), Helder Barbalho (MDB), afirmou nesta quarta-feira (11/1) que Belém é a cidade escolhida para sediar a 30ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 30), em 2025. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O presidente acaba de anunciar que Belém é a cidade escolhida pelo Brasil. Já encaminhou, através do Itamaraty, a formalização de que o Brasil reforça a sua candidatura e que Belém é a cidade escolhida para sediar a COP 30 em 2025, representando certamente um momento histórico em que a Amazônia receberá o maior evento em discussão climática comum”, apontou.

Ele caracterizou como “positiva” a agenda com Lula e comentou sobre a reunião geral com governadores prevista para o fim do mês.

“Tive a oportunidade de apresentar ao presidente um olhar amplo sobre a Amazônia e contribuições que a nossa região deve fazer para a reunião do dia 27, quando a intenção do presidente é que possamos discutir temas gerais, regionais e alinhar ações estratégicas do governo federal para que estejam sincronizados com as interfaces com os governos estaduais.

Combate às ilegalidades ambientais

Barbalho reforçou ainda que, no encontro, foi discutida a construção de um grupo transversal para discutir o modelo de desenvolvimento da Amazônia, passando pelo enfrentamento de maneira ativa e forte no combate às ilegalidades ambientais. Ao mesmo tempo, construindo de maneira transversal um novo modelo de desenvolvimento econômico.

“O presidente demonstrou preocupação e necessidade do chamamento do mercado para efetivamente estabelecer que o mercado de crédito de carbono possa ser uma realidade para a preservação florestal e componha um novo modelo, transformando floresta em pé com a precificação da tonelada de carbono capturado. Para que nós possamos transformar a floresta em pé em uma nova commodity nacional e internacional. A partir daí, conciliar a preocupação e o compromisso do Brasil com a Floresta viva, mas ao mesmo tempo construindo o desenvolvimento social dos 29,6 milhões de brasileiros que moram na Amazônia”, acrescentou.

Terrorismo em Brasília

Sobre preocupação com novos atos de extremistas em Brasília, ressaltou a força da democracia em conversa com o chefe do Executivo. E citou ainda um evento que deverá ocorrer em fevereiro no Congresso, com a participação de parlamentares e sociedade.

“Neste primeiro momento, o presidente demonstra a intenção de continuar reafirmando as relações com os poderes, a força institucional, a força da democracia. Muito provavelmente deve ocorrer, até o início de fevereiro, um evento importante no Congresso Nacional com a presença dos novos parlamentares, mas também com a presença da sociedade com diversos atores que compõem a pluralidade da sociedade brasileira. O meu intuito é de que possamos todos estar unidos em favor da democracia.”

O governador defendeu também a contratação de novos servidores.

“Todos estamos em sintonia que é fundamental que se combatam as ilegalidade e, para tanto, é fundamental que os órgãos estejam fiscalizatórios, estejam estruturados, sejam o de esfera federal, Ibama, ICMBio. E a convocação, se necessário, das Forças Armadas, para atividades de campo como os estados em sua fiscalização. Sem fiscalização, monitoramento e controle, não vamos conter as ilegalidades ambientais. Mas apenas com fiscalização e controle, não vamos avançar. Precisamos, de forma compatibilizada, construir um modelo que permita um novo olhar sobre o uso da terra e a inclusão das pessoas que moram na região”.

Por fim, disse que “o Brasil não precisa derrubar uma árvore sequer para continuar sendo protagonista na segurança alimentar do Brasil e do planeta”. “Precisa apenas reverter a lógica de que precisa ter mais ocupação, mecanização, manejo e, a partir daí, fazer com o estoque florestal das propriedades rurais possam ser precificadas a partir de um modelo econômico de floresta em pé que permita que a floresta componha o portfólio econômico da propriedade rural”, concluiu.

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