Reformulação

Rui Costa sobre trocas no governo: "Ainda tem muita gente para sair"

"Se mudou a filosofia, o conteúdo tem que mudar", disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa. As mudanças deverão ocorrer em maior volume a partir do dia 23

Ingrid Soares
postado em 17/01/2023 16:57
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), afirmou nesta terça-feira (17/1) que “ainda tem muita gente para sair” durante a reformulação do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, as substituições deverão ocorrer em maior volume a partir do dia 23.

A declaração ocorreu após almoço com o ministro da Defesa, José Múcio, ao ser questionado sobre a lista de dispensa de 40 militares que atuavam na coordenação de administração do Palácio da Alvorada no regime de gratificação. As portarias com as dispensas pela Secretaria-Geral da Presidência foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.

“As trocas de assessores que são cargos comissionados estão ocorrendo em todos os ministérios e elas ocorrerão independente de serem militares ou civis. Vocês têm acompanhado, desde que assumimos, um número grande de troca de pessoas, e assim seguirá. Verão essas trocas mais intensas a partir do dia 23, quando roda a chave no sistema para que os novos ministérios passem a existir nos sistemas eletrônicos, nos sistemas digitais do governo. Portanto, o grosso das nomeações, das exonerações, será feito a partir do dia 23 até o final do mês”, relatou.

“Se mudou a filosofia, o conteúdo tem que mudar”

Costa alegou ainda que as trocas são naturais por conta da diferença de gestão entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Ainda tem muita gente para sair e para entrar, independentemente se é civil ou militar, está se fazendo troca porque cargo comissionado é cargo de extrema confiança do seu chefe imediato. Essas trocas são naturais que ocorram até porque o governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o governo que entrou. Há um pensamento em todas as áreas muito diferente e, portanto, não poderíamos conviver com os mesmos assessores.”

“Não se trata de confiança. Mesmo dentro das áreas militares nós trocamos comandantes. É natural que todos os outros assessores, mesmo dentro das FA haja um rodízio, para dar oportunidade a outros militares ocuparem, até porque outras pessoas têm capacidade técnica para poderem exercer esses cargos. Não tem nenhuma novidade ou mistério. Ou alguém achava que entrando no governo ia manter os assessores do governo anterior? Não era razoável que fosse assim. Se mudou a filosofia, o conteúdo tem que mudar”, completou.

Segurança do Lula

Por fim, o ministro comentou que ainda não se sabe a cargo de qual corporação ficará a segurança do presidente Lula. O papel historicamente é do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), mas atualmente é feito pela Polícia Federal. Costa disse que está sendo estudado também um novo modelo de segurança.

“O presidente pediu que nós estudássemos modelos de segurança institucional que são feitos em outros países do mundo. Estamos analisando isso para ver o melhor formato, o formato mais moderno, o formato que seja mais perene para que a gente consolide e ele bata o martelo em qual modelo ele quer.”

“Foi dado um prazo limite de seis meses para esse modelo híbrido [com a PF], vamos dizer assim, para a segurança mais direta e pessoal da Polícia Federal, e a mais distante, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Nós vamos apresentar um conceito, uma proposta, para que ele tome a decisão do modelo que ele quer implementar”, concluiu.

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